A histórica derrota da Argentina para a Bolívia por 6 a 1, em La Paz, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2010 foi bastante comentada pelos jogadores da seleção brasileira, em Porto Alegre. Foi a primeira derrota de Maradona no comando dos nossos rivais e igualou o maior revés da história do futebol argentino. Na Copa de 1958, os hermanos perderam pelo mesmo placar para a então Tchecoslováquia.
Após marcar dois gols na vitória por 3 a 0 sobre o Peru, no Beira-Rio, Luis Fabiano não perdeu a chance de brincar com a tristeza argentina. E com um largo sorriso no rosto, não perdeu a oportunidade de provocar.
– A gente sempre fica feliz de ver a Argentina perder e perder feio (risos) – disse Luis Fabiano.
Os jogadores da seleção brasileira assistiram à partida entre Bolívia e Argentina ainda no hotel em que a equipe estava concentrada. Só após o fim do jogo é que eles desceram para lanchar e escutar a preleção do técnico Dunga. Para Kaká, a derrota mostra que a Argentina não é tão superior como consideram os críticos esportivos.
– Não falam que a Argentina é tão boa? Agora todo mundo vê que a altitude faz a diferença. A Argentina goleou a Venezuela e depois passou por esse vexame. Isso é para todo mundo ver que a altitude não é uma desculpa dos jogadores para justificar isso ou aquilo. Ficar na frente deles sempre é bom – disse o meia do Milan.
O técnico Dunga preferiu não provocar os argentinos. E lembrou que a derrota dos rivais é mais uma prova que a altitude atrapalha muito as seleções que vão jogar em cidades como La Paz, que fica a 3.660 metros acima do nível do mar, e Quito, que está a 2.850 metros.
– A altitude atrapalha bastante. Foi o que se viu no jogo da Argentina.
Sereno, o volante Gilberto Silva preferiu lembrar que a seleção brasileira ainda terá que jogar na altitude de La Paz. E isso gera uma preocupação entre os jogadores da seleção.
– Nós também temos que jogar lá. Isso mostra que jogar na altitude é complicado.
Nesta quinta-feira, a Fifa destacou a goleada sofrida pela Argentina em La Paz citando a "agonia" dos comandados de Maradona.