Paixão de Cristo até sábado em Arapiraca

Agência AlagoasAgência Alagoas

Nesta época da Semana Santa, milhares de pessoas sobem ao Morro Santo da Maçaranduba, em Arapiraca, para pagarem promessa, renovarem sua fé ou simplesmente contemplarem o calmo ambiente e a bela vista do lugar. Em meio a este cenário começou nesta quarta-feira até sábado, dia 11, em sua 14ª edição, o espetáculo da Paixão de Cristo, uma tradição que, a cad ano, tem emocionado pela fé e realismo da encenação no maior teatro ao ar livre de Alagoas.

São aproximadamente 30 mil m2 de área, onde estão montados 6 grandes cenários, para um elenco de mais de 300 pessoas. O evento tem início sempre às 19h e conta com o apoio do Governo do Estado, da prefeitura do município e do governo federal, com patrocínio da Eletrobrás.

Dirigido por Wagno Godez, Homero Cavalcante e Wellington Santos, o espetáculo da Paixão de Cristo de Arapiraca traz grandiosos cenários, que buscam reproduzir palácios de Jerusalém da época de Jesus, personagem vivido no espetáculo pelo ator arapiraquense Marcos Cordeiro.

“É gratificante fazer este personagem e emocionante ser reconhecido. É a valorização do artista local. O público corresponde e aceita”, declara o ator, que assumiu o papel há quatro anos, após a passagem de artistas globais pelo espetáculo, entre eles Cláudio Heinrich e Murilo Rosa, que também interpretaram Jesus. “Sem o apoio que recebemos para a realização do espetáculo seria difícil levarmos adiante a encenação”, ressalta Marcos Cordeiro.

O elenco do espetáculo é formado ainda por grandes nomes do teatro alagoano como Homero Cavalcante, no papel de Caifás; Jorge Adriani, como Pilatos; Diva Gonçalves, como Maria, e Márcia Mariah, como Madalena. Eles se somam a mais de cem figurantes, além dos técnicos e pessoal de apoio.

De acordo com o diretor e coordenador do espetáculo realizado pela Associação Morro Santo da Maçaranduba, Wagno Godez, uma das novidades deste ano é que os ingressos podem ser adquiridos em agências de viagens em Maceió (Transamérica/Aeroturismo), Penedo (Opara Turismo) e São Miguel dos Campos (CVJ turismo/Samar Turismo). Para grupos de mais de 50 pessoas ofertamos transporte, em Arapiraca, até o local da encenação.

O Morro

O Morro Santo da Maçaranduba, cenário do espetáculo da Paixão de Cristo, em Arapiraca, é palco de peregrinações há mais cem anos, neste período da Semana Santa, segundo relatam religiosos e historiadores do município.

No local, onde está construído parte do cenário em alvenaria, que serve para encontros religiosos e, futuramente, deve abrigar o Templo da Santa Cruz, há também uma pequena capela, construída em 1995, e que abriga a imagem do Senhor Morto. Foi neste mesmo ano que aconteceu a primeira encenação da Paixão de Cristo para os fiéis que haviam subido em romaria. Essa manifestação religiosa tem acontecido todos os anos.

“Todos os anos vou a igreja logo cedo e acompanho a procissão em direção ao Morro Santo da Maçaranduba. Faço isso em louvor a Jesus Cristo e como forma de manter minha fé mais renovada”, relata a dona de casa Maria José da Silva, moradora da rua Pedro Nunes de Albuquerque, por onde o cortejo religioso passa em direção ao morro, na procissão que acontece ainda na madrugada da Sexta-Feira Santa.

Um dos caminhos preferidos pelos peregrinos para subir o morro é a ladeira da Penitência, bastante inclinada, necessitando de cordas em suas extremidades, como forma de auxiliar as pessoas na escalada. É por este local que moradores da região subiram com o primeiro cruzeiro, há mais de um século, uma tradição de fé renovada a cada ano e que tem ainda como mais uma opção o belo e grandioso espetáculo da Paixão de Cristo.

O morro conta ainda com mais duas estradas até o cume, onde é possível subir de carro. O local ainda está dotado de estacionamento, iluminação e área de apoio com barracas para a venda de lanches e produtos religiosos e artesanais.

Mais informações sobre o espetáculo podem ser obtidas pelos telefones: (82) 3521-5387 / 9992-7892 ou no sitio www.paixaodecristoemarapiraca.com.br

Fonte: Agência Alagoas

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