O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Alagoas, Omar Coêlho de Mello, disse que vai responsabilizar o Governo do Estado pelo “silêncio” diante do indicativo de desligamento definitivo dos médicos da Maternidade Escola Santa Mônica, caso aconteça algum problema grave ou morte de algum paciente.
“O governo precisa se sensibilizar com a situação dos médicos e agendar uma reunião para discutir as reivindicações da categoria”, disse Omar Coêlho, em reunião na manhã de hoje com representantes do Sindicato dos Médicos (Sinmed), ocorrida na sala da presidência da OAB/AL.
“A OAB vai responsabilizar o governo diante da insensibilidade de um ‘forasteiro’ que se encontra na chefia da saúde de Alagoas”, afirmou o presidente da Ordem.
Quanto à implantação de um modelo de administração público-privada, a OAB/AL é contra a adoção e caso a idéia venha se concretizar, o presidente da seccional alagoana garantiu que entrará com recurso na Justiça.
“Não dá para privatizar a saúde pública. Porque saúde pública é um dever do Estado”, disse Omar Coêlho.
Durante a reunião, o presidente do Sinmed, Wellington Galvão, relatou para o presidente da OAB/AL a situação em que se encontra a rede estadual de saúde no Estado. Além disso, Wellington Galvão entregou um relatório de três páginas detalhando situações relacionadas às deficiências das unidades de saúde, como escassez de médicos, sobrecarga de trabalho, salários baixos, entre outros problemas.
“As unidades de atendimento que compõem a rede estadual de saúde apresentam hoje todo tipo de deficiência, desde a carência de médicos plantonistas de todas as especialidades e de pessoal de apoio ao trabalho médico, desorganização administrativa, falta de medicamentos, falta de insumos, equipamentos sem manutenção e carência de equipamentos básicos”, disse Wellington Galvão.
Estiveram presentes na reunião a diretora do Sinmed, Edilma Barbosa, e a advogada Gorete Araújo.