Paralisação dos servidores da saúde atinge 50% dos postos, diz sindicato

Estêvão dos Anjos/Alagoas24horasDezenas de usuários são atendidos diariamente no João Paulo II

Dezenas de usuários são atendidos diariamente no João Paulo II

Mobilizados na frente do prédio da Secretaria Municipal de Finanças, servidores municipais ligados à Secretaria de Saúde solicitam a reabertura do canal de negociações com a secretária de Finanças, Marcilene Costa. Uma reunião entre representantes da categoria e a secretária está agendada para a próxima semana. Os manifestantes, no entanto, pretendem ser atendidos ainda hoje.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde), Valmir Gomes, disse que o movimento atinge 50% das 70 unidades de saúde de Maceió. O sindicalista afirmou que em algumas unidades o atendimento é considerado normal porque os servidores estariam temendo corte de ponto, além de violar o estágio probatório.

“O sindicato entende o temor dos companheiros, mas vamos organizar visitas a estas unidades para sensibilizar a categoria e conscientizá-la da importância da mobilização, visto a discrepância entre o que é oferecido pelo prefeito (5%) e o que é pedido pelos funcionários (39,98%)", explicou o sindicalista.

A reportagem do Alagoas24horas esteve na Unidade de Saúde João Paulo II, que funciona no Jacintinho, – uma das mais procuradas pela comunidade – e foi informada que a unidade funciona normalmente nesta quinta-feira, 16, com todos os serviços mantidos.

Segundo a diretora médica do posto, Elenira Oliveira, a opção da não adesão à greve partiu dos próprios servidores, sem nenhuma interferência da direção. “Deixamos eles totalmente à vontade quanto a isso. É um direito que eles têm”, conta. A direção ainda afirma que aqueles servidores que apoiarem o movimento grevista terão suas faltas abonadas caso seus nomes estejam na lista da assembleia geral realizada pela categoria.

Para Maria Cícera, enfermeira do local, o motivo para alguns servidores terem ignorado a greve seria um descrença na aceitação, por parte da prefeitura, das proposta que eles reivindicam.

A greve dos servidores da saúde foi decidida em assembleia realizada nesta quarta-feira, dia 15. Os servidores chegaram a solicitar o apoio do presidente da Câmara de Vereadores de Maceió, Dudu Holanda (PMN) para negociar junto ao prefeito Cícero Almeida (PP), mas as negociações não avançaram.

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