Paraná – O padre Adelino Gonçalves foi condenado nesta sexta-feira a 18 anos e nove meses de prisão por um duplo homicídio em 2001, quando era prefeito de Mariluz (PR). De acordo com o júri, ele mandou matar seu vice, Aires Domingo, e o líder municipal do PPS Carlos Alberto de Carvalho.
O julgamento, em Cruzeiro do Oeste (PR), começou nesta quinta-feira e terminou no meio desta madrugada. O advogado de defesa, Miguel Nicolau Júnior, disse que apresentaria ainda nesta sexta um recurso para tentar anular a condenação e que solicitará habeas-corpus para que o sacerdote possa responder em liberdade até a decisão em segunda instância do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).
Após a decisão do júri, a juíza Josiane Pavelski Borges Fonseca ordenou a imediata detenção do padre, que saiu algemado do tribunal, direto para a prisão municipal de Cruzeiro do Oeste.
Logo após o crime, ele foi cassado do cargo. Entre os outros três réus no processo, um havia sido condenado a dez anos de prisão, outro absolvido e o terceiro não chegou a ser julgado porque morreu de um infarto em 2003, quando aguardava o julgamento após confessar que foi o autor dos disparos.
O ex-sargento José Lucas Gomes foi preso uma semana após o duplo homicídio e admitiu sua culpa, mas disse ter sido contratado por Gonçalves para cometer o crime. Segundo Gomes, o então prefeito lhe deu um automóvel e prometeu entregá-lo mais R$ 20 mil.
As informações são da EFE