O presidente da União Brasileira de Municípios, Leonardo Santana, defendeu hoje a apresentação de uma PEC para que sejam prorrogados os mandatos dos atuais governadores, senadores, deputados estaduais e federais, e convocadas eleições gerais para 2012, com mandato de seis anos para todos os cargos eletivos, inclusive dos prefeitos.
Segundo Leonardo, a realização de eleições de dois em dois anos tem dificultado a gestão pública e mudado significativamente o foco administrativo, tanto dos prefeitos como dos governadores, evidenciando assim uma espécie de manutenção de um clima eleitoral permanente, com a estagnação das ações da administração pública e a descontinuidade da gestão.
“Interessante é que, assim que se termina de contar os votos de uma eleição para prefeito, já se começa a desenhar a próxima eleição para governador e deputados, e então tudo começa a andar a passo de tartaruga, buscando-se apenas os interesses político-partidários e as ascensões pessoais”. Disse Leonardo.
Para ele, se convocadas eleições gerais para 2012, os atuais governadores, prefeitos e membros do legislativo, terão mais tempo para pensar na administração e desligarem-se dos acordos eleitorais, o que vai consideravelmente melhorar o desempenho e a governabilidade.
Leonardo garantiu que vai apresentar, através da bancada municipalista no congresso, a PEC de 2012, para que seja colocada em votação.
Se for aprovada na Câmara e no Senado, naturalmente vai favorecer o presidente Luiz Inácio da Silva (PT), os governadores, os deputados federais e os deputados estaduais, que terão mais dois anos de mandato, porém isso será muito positivo para a administração pública que vem sofrendo nesse processo de descontinuidade administrativa por conta dos processos eleitorais num pequeno espaço de tempo.
Na opinião do presidente da UBAM, Lula tem um apoio popular muito forte e a economia se destaca com índices elevados de crescimento, demonstrando que a prorrogação do mandato dará ainda mais chance para que o presidente possa dar continuidade ao seu projeto a frente do governo.