A polícia espanhola prendeu três brasileiros e um argentino acusados de fazer parte de uma quadrilha que assaltava bancos e realizava sequestros-relâmpago. Os suspeitos foram presos em flagrante, quando preparavam mais um assalto.
Os brasileiros e o argentino foram presos na cidade de Terrasa, periferia de Barcelona, com documentos falsos.
Segundo a polícia, eles estavam saindo de um carro para assaltar um banco na hora da prisão. Foram encontradas armas e munição dentro do veículo.
Outros dois brasileiros integrantes da quadrilha estariam foragidos. A polícia espanhola emitiu uma ordem de prisão internacional e pediu ajuda à Interpol para localizá-los. A Polícia Federal foi avisada, para o caso de os suspeitos terem fugido para o Brasil.
A quadrilha vinha sendo investigada desde março passado, depois do sequestro relâmpago de um gerente de banco e sua família, em Barcelona.
A família foi amordaçada e ameaçada de morte durante uma noite inteira, até que na manhã seguinte o gerente pôde abrir a caixa forte do banco e entregar 150 mil euros aos suspeitos.
Perigosos
Em maio, a polícia descobriu outro caso de sequestro-relâmpago também de um gerente bancário, que foi vigiado durante 40 dias pelos suspeitos.
Na semana passada a quadrilha teria tentado assaltar um banco no município de Sabadell, também na periferia de Barcelona, mas segundo a polícia, a operação foi abortada porque havia muita gente na rua na hora prevista para o crime.
"Além de perigosíssimos, eles eram muito meticulosos, preferiam desistir quando viam que a estratégia de fuga não estava garantida", disse o inspetor chefe Toni Mariscal, na nota à imprensa.
No último dia 12 de junho os suspeitos estavam esperando a chegada do gerente para abrir uma agência bancária em Terrasa, quando foram surpreendidos pela polícia, que só divulgou a prisão da quadrilha na segunda-feira.
Os quatro suspeitos usavam perucas, luvas de borracha e uniformes de pintores de parede. No carro foram encontrados cinco revólveres, cordas e munição.
Segundo a polícia, os acusados guardavam recortes de jornais do sequestro relâmpago do gerente e sua família. Eles foram indiciados por sequestro, assalto, posse ilegal de armas, roubo de carros e falsidade ideológica.