Depois do sucesso editorial da revista Graciliano, a Companhia de Empreendimentos, Intermediação e Parcerias de Alagoas (Cepal) vai lançar editais para publicar obras de autores alagoanos em três segmentos literários: infantil, técnico-científico e ficção. A empreitada, planejada para o segundo semestre deste ano, visa incentivar o surgimento de novos autores e obras no Estado, além de democratizar a produção escrita alagoana.
"Queremos publicar livros para as crianças alagoanas com narrativas que valorizem temáticas do nosso Estado. As historinhas devem fazer menção às nossas lendas, tradições e cultura", diz Marcos Kümmer, diretor-presidente da Cepal, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento.
Já com os livros técnico-científicos, Marcos Kümmer pretende abrir espaço para estudos acadêmicos sobre diversas áreas do conhecimento como economia, literatura, artes, geografia, entre outras que reflitam sobre a realidade alagoana. Um dos principais critérios seletivos será a contribuição da obra para a reflexão e formação da sociedade. "No segmento da ficção, nosso objetivo é lançar títulos inéditos, de autores alagoanos que tenham escrito romances, contos, poesias, ensaios entre os outros gêneros literários", afirma, mencionando que todos os textos inscritos a partir dos editais passarão pelo crivo do Conselho Editorial da Cepal.
Com o objetivo de democratizar o acesso à leitura, Kümmer pretende também publicar uma série de livros de bolso cujo preço máximo será de R$ 5 por unidade. "Para não ultrapassar esse valor vamos selecionar textos nacionais e internacionais de domínio público, utilizar papel de baixo custo, em edições coladas e não costuradas. Dessa forma, imagino que estaremos colocando no mercado alguns dos livros mais baratos do país". Ainda está nos planos do diretor-presidente da Cepal lançar uma coleção de 20 volumes com todas as leis estaduais publicadas desde 1912 até os dias atuais. Esses livros, de caráter consultivo, vão atender a uma antiga demanda dos profissionais, estudantes e pesquisadores do universo jurídico, segundo Kümmer.
Para agregar todas essas publicações, Kümmer planeja construir na sede da Cepal uma livraria para comercializar todas as publicações da empresa, além de livros de autores alagoanos publicados por outras editoras. "O maior desafio dos escritores não-consagrados é o de fazer com que os seus livros cheguem aos leitores. Na loja da Cepal todos encontrarão espaço cativo para expor, vender e lançar suas obras", diz, mencionando que em breve os títulos e publicações da empresa estarão disponíveis no site da Cepal pela Internet.
Projeto gráfico do Diário Oficial – A Cepal é uma das responsáveis pelo novo projeto gráfico do Diário Oficial de Alagoas, lançado no dia 8 de junho. De cara nova após processo de reforma gráfica, a publicação passou a ter em seu suplemento jornalístico oito páginas coloridas e seções que conferem mais transparência e credibilidade às notícias do Estado. O novo projeto gráfico exigiu três meses de trabalho do designer Fernando Rizzotto, editor de arte da Cepal, autor também do layout da revista Graciliano e do livro Baixo São Francisco – A Costa Doce das Alagoas, ambas publicações recentemente lançadas pela empresa.
"Em geral, os diários oficiais são veículos de comunicação desinteressantes, sem recursos visuais atrativos à leitura. Queríamos romper com esse modelo e promover uma inovação, trazendo elementos gráficos que agregassem leveza, clareza e despertassem o interesse de um público leitor mais amplo. Tudo isso, sem perder de vista as características formais de sobriedade e credibilidade que são requisitos indispensáveis neste tipo de publicação", afirma Fernando Rizzotto, mencionando que no segundo semestre o Diário Oficial propriamente dito também passará por mudanças em seu desenho.