O Centro de Estudos Superiores de Maceió (Cesmac) foi convidado pelo terceiro ano consecutivo para participar da reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Na 61ª edição do evento – que será realizada este ano no período de 12 a 17 de julho, na Universidade Federal do Amazonas, em Manaus – o Cesmac vai marcar presença com três trabalhos científicos desenvolvidos por jovens pesquisadores da instituição.
Uma das pesquisas do Cesmac que será apresentada no maior evento da comunidade acadêmica e científica brasileira é a “Tombar é Preservar?”, de Maria Alessandra de Barros Seabra, aluna do curso de Arquitetura, sob a orientação da professora Carlina Rocha de Almeida Barros. No estudo, a jovem pesquisadora propõe uma reflexão sobre o processo de tombamento de edificações antigas de Maceió com o intuito de preservar o patrimônio histórico e cultural alagoano.
“Minha pesquisa pretende construir a evolução cronológica dos tombamentos ocorridos na capital alagoana até 2007, mapeando-os e buscando entender suas principais motivações e o nível de envolvimento das comunidades próximas aos bens. Quis traçar um panorama do pensamento preservacionista na cidade, buscando comprovar a real eficiência da figura do tombamento enquanto principal instrumento utilizado no Brasil para a prática da preservação do patrimônio material”, diz Maria Alessandra.
Outro estudo selecionado foi sobre “Educação On-Line: Construindo um ambiente de aprendizagem inspirado na concepção sociointeracionista de Vygotsky”, realizado pelo estudante do curso de Pedagogia, Victor Matheus Brasil Barbosa, sob orientação da professora Maria Aparecida Viana. “Busquei apresentar uma proposta de trabalho interdisciplinar entre professores e alunos dos cursos de Pedagogia e Publicidade do Cesmac fundamentado numa concepção de educação que contemple a complexidade na relação entre ensino e aprendizagem, em um contexto de desenvolvimento tecnológico”, afirma Victor Barbosa. Em sua pesquisa ele propõe a criação de um ambiente virtual de aprendizagem com a finalidade de estimular novas estratégias de desenvolvimento e modernização das pesquisas acadêmicas, utilizando recursos como blogs, portfólios, webfólios e estudos de casos.
A terceira pesquisa escolhida é da aluna Ana Catarina Rodrigues da Silva, do curso de Odontologia, que estudou a “Prevalência de Cândida em Crianças Soropositivas atendidas em um Posto de Assistência Municipal de Maceió”. O trabalho foi desenvolvido com a orientação da professora Daniela Pugliesi. “Para o cirurgião dentista é imprescindível o conhecimento sobre sinais e sintomas das lesões bucais mais comumente observadas em crianças infectadas pelo HIV, pela sua utilidade na avaliação dos prognósticos”, explica Ana Catarina, segundo ela, o estudo de prevalência de cândida na boca das crianças soropositivas é importante, pois a redução da incidência desses microorganismos oportunistas pode prevenir a formação de infecções, melhorando dessa forma a qualidade de vida dos pequenos pacientes.
Pesquisas em ascensão – De acordo com a professora doutora Nely Targino, coordenadora do Programa Semente de Iniciação Científica (PSIC) do Cesmac, a participação dos jovens pesquisadores da instituição na 61ª Reunião Anual da SBPC é uma demonstração do reconhecimento da qualidade os trabalhos desenvolvidos no Cesmac por parte da comunidade acadêmica brasileira. “Modéstia à parte, o nível das nossas pesquisas vem ficando cada vez mais alto e é crescente o interesse dos estudantes em fazer parte do nosso núcleo de iniciação científica”, afirma Nely, mencionando que o número de candidatos para uma das 70 bolsas de estudos oferecidas pelo Cesmac saltou de 60 para 120 este ano.
“Atualmente mantemos dez bolsas para pesquisa de iniciação científica em parceria com a Fapeal, outras dez em parceria com o CNPq e o próprio Cesmac investe recursos próprios na manutenção de outros 50 projetos de pesquisa”, enumera Nely Targino. De acordo com ela, o Cesmac está pleiteando ampliar o número de bolsas oferecidas pelas instituições parceiras e a meta é aumentar o número total de bolsistas de 70 para 100 até o ano que vem.
Além destinar cerca de R$ 300 mil anuais apenas para o pagamento de bolsas para estudantes e professores do PSIC, o Cesmac também arca com todas as despesas dos pesquisadores em eventos científicos e acadêmicos. Em outubro, a instituição vai selecionar novo grupo de bolsistas para participar do Congresso Internacional de Iniciação Científica que será realizado este ano no Centro de Estudos Superiores de Maringá (Cesumar), no Paraná. “Com esses investimentos pretendemos incentivar o desenvolvimento de nossos alunos e despertar neles o gosto pela pesquisa científica para que no futuro eles prossigam na carreira acadêmica, contribuindo para o aprimoramento científico do país”, afirma.