A Coordenação do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) vem chamando a atenção das pessoas para o risco que a população de pombos (Columbia lívia) – que tem tido rápida proliferação nas áreas urbanas – representa para a saúde do ser humano. Apesar de aparentemente inofensivas, essas aves constituem uma potencial fonte de transmissão de doenças, como a histoplasmose, a criptococose e a clamidiose, além de rinite e bronquite alérgicas.
O alerta tem sido feito pela coordenação para que as pessoas que alimentam essas aves tenham consciência de que, ao invés de realizarem um ato de bondade, estão contribuindo para que elas se reproduzam e coloquem a saúde de outras pessoas em situação de risco.
“Quanto mais alimento disponível, maior a capacidade de reprodução dessas aves, aumentando o risco de doenças respiratórias para a população. Por isso, estamos trabalhando a prevenção desse problema com conscientização”, salientou o secretário municipal de Saúde, Francisco Lins.
A transmissão dessas doenças se dá, principalmente, pela inalação de poeira contendo resíduos de fezes de pombos contaminados. Pode haver ainda a presença de ácaros (piolhos de pombos) entre as penas, que, ao entrarem em contato com o ser humano, podem causar irritações de pele.
Outro dano causado pela presença de pombos nas áreas urbanas refere-se à degradação de fachadas de prédios e monumentos, onde as aves costumam pousar, fazer ninhos e eliminar suas fezes, provocando mau cheiro e sujeira. Já teria sido registrada, inclusive, a presença de pombos em áreas hospitalares, o que é um perigo para quem está hospitalizado e para quem trabalha nesse tipo de estabelecimento.
O coordenador do CCZ, Carlos Eduardo, destaca que alguns cuidados devem ser tomados para evitar a presença e proliferação de pombos em áreas urbanas: não alimentá-los sob hipótese alguma; acondicionar de maneira adequada (em sacos de lixo fechados) os resíduos de alimentos; telar caixas de condicionadores de ar; obstruir ou tapar espaços existentes entre telhas e a laje, para impedir que as aves façam ninhos; e evitar detalhes em construções que possam, no futuro, servir como abrigo ou área de repouso para elas.