Os vereadores da cidade do Pilar, presos na manhã de hoje, 3, em uma operação do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) são apontados como membros de uma quadrilha que teria fraudado licitações e desviado recursos do Poder Legislativo municipal, nos anos de 2005, 2006 e 2007.
Os presos foram trazidos para Maceió e se encontram sob a custódia da Polícia Civil de Alagoas, que também integrou a operação. Ao todo foram cumpridos – conforme as primeiras informações – dez mandados de prisão, busca e apreensão que foram expedidos pela 17ª Vara Criminal a pedido do Ministério Público Estadual.
Ainda não foram repassados – oficialmente – os valores supostamente desviado pelos vereadores. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Pilar e na Grande Maceió. Os promotores do Gecoc devem esclarecer os principais pontos da operação em uma coletiva com a imprensa. Neste momento, algumas diligências ainda estão sendo feitas.
Os presos foram encaminhados para a Diretoria Especial de Investigação e Captura (DEIC), em Maceió. Os acusados foram identificados como o secretário municipal de Turismo Geraldo Cavalcante, o vereador Roberto Cavalcante da Silva, o vereador Luiz Carlos Omena, o ex- vereador José Hosano, a vereadora Patrícia Henrique Rocha – que já presidiu a Câmara Municipal, e o vereador Damião dos Santos. Outros acusados de participação nos esquemas de fraude ainda estão sendo procurados.
A Operação Pesca Bagre contou – além dos promotores do Gecoc – com 40 policiais do Tático Integrado Grupo de Resgate (Tigre) e da Diretoria Especial de Investigação e Captura. Os foragidos – segundo a Polícia Civil de Alagoas – são Benedito Cavalcante Barros (filho do prefeito Oziel Barros), Paulo Urbano Vieira e Felipe Avelino da Costa Lopes.
Conforme apurou o Alagoas24Horas, no período levado em conta pelas investigações, a Câmara Municipal de Pilar era presidida por Patrícia Rocha e José Hosano. Os demais presos possuíam cargos de confiança na Mesa Diretora do Legislativo, nos anos de 2005 a 2007. Os promotores devem falar com a imprensa às 14 horas.
Neste momento, os presos estão sendo ouvidos na sede do DEIC. A imprensa está sendo mantida do lado de fora da instituição. Só foi permitido acesso aos familiares e aos advogados dos acusados.