O juiz Maurício Brêda, da 7ª Vara Criminal da Capital, realizou audiência na manhã desta sexta-feira, dia 10, quando ouve os depoimentos de testemunhas e acusados sobre o assassinato do ex-cabo da Polícia Militar José Gonçalves da Silva Filho, o cabo Gonçalves, crime ocorrido em 1996, próximo a um posto de combustíveis, na Via Expressa.
Figuram como autores intelectuais do crime os deputados estaduais afastados Antonio Albuquerque (sem partido) e João Beltrão (PMN), que foram presos durante a Operação Ressugere, desencadeada em julho do ano passado pelas polícias Civil, Federal e Força Nacional.
Dezesseis pessoas – entre testemunhas de acusação e acusados – deverão ser ouvidas pelo juiz Maurício Brêda. A audiência teve início no começo da manhã e não há previsão para o término. A primeira a depor foi a irmã do cabo Gonçalves, Ana Gonçalves.
Ana disse que seu irmão chegou a morar fora de Alagoas, pois temia ser assassinado e retornou após ter a prisão decretada pela comarca de União dos Palmares, onde respondia a um crime.
Também figuram como acusados – além dos deputados – Talvanes Lins da Silva, Valdomiro dos Santos Barros, e dois ex-militares Eufrásio Tenório da Silva e Daniel Luiz da Silva Sobrinho. Após todos os depoimentos, o juiz Maurício Brêda deverá decidir se os acusados serão levados a júri popular. A decisão, no entanto, não atinge os deputados estaduais, que possuem foro privilegiado.