O líder da al-Qaeda, Osama bin Laden, disse que o presidente norte-americano, Barack Obama, "seguiu os passos de seu antecessor (George W. Bush), ao aumentar o rancor dos muçulmanos e daqueles que lutam contra a América", em uma gravação de áudio divulgada na deste domingo (12) madrugada em um site islâmico.
Na gravação de 26 minutos dirigida ao povo paquistanês, Bin Laden acusou também Obama de criar "novas e prolongadas guerras". "Obama ordenou ao presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, e a seu Exército que impeçam que o povo do (Vale de) Swat implante a sharia (lei islâmica) por meio do assassinato, da guerra, do bombardeio e da devastação", acrescentou.
Esta é a primeira mensagem de Bin Laden desde a divulgada em 3 de junho, através da rede de televisão Al Jazeera, e na qual também acusou Obama de seguir o caminho de seu antecessor e de fomentar o rancor em relação aos muçulmanos.
Paquistão
Na nova gravação, acompanhada de um texto em inglês, Bin Laden insistiu no apoio norte-americano ao governo paquistanês em sua luta contra os mujahedins do Vale de Swat. O líder da al-Qaeda, em sua mensagem, cuja autenticidade não foi possível verificar, pergunta aos paquistaneses se apoiam a implantação da sharia ou aqueles que lutam contra ela, como a América, Zardari e seus aliados.
"Se estão com o primeiro grupo, deem graças a Deus porque lhes guiou na defesa do Islã. Continuem a jihad (guerra santa) por sua causa. Mas, se apoiam Zardari e seus soldados, estão em perigo", ameaçou.
Para o dirigente do grupo terrorista, Zardari e seu Exército são "aliados de Satã" e mobilizam uma guerra contra "a sharia de Alá, seguindo a causa do ídolo americano".