Na próxima quinta-feira (16), engenheiros florestais, agrônomos, ambientalistas, estudantes e técnicos de instituições ligadas ao agronegócio estarão reunidos em Maceió (AL) para discutir as vantagens dos Sistemas Agroflorestais (SAF) para a agricultura em Alagoas. Eles participarão de um workshop realizado na sede do Sebrae em Alagoas, das 8h às 18h.
O objetivo do evento é disseminar informações sobre os benefícios econômicos, sociais e ambientais dessa prática de produção. Os Sistemas Agroflorestais (SAF) reúnem culturas agrícolas e florestais. No SAF a utilização da terra está baseada em um consórcio de espécies arbóreas, cultivos agrícolas e/ou criação de animais numa mesma área, de maneira simultânea ou ao longo do tempo.
Com os sistemas agroflorestais o produtor diversifica a produção, reduz os custos com o uso de insumos, aumenta a diversidade de produtos e diminui os impactos ambientais negativos da agricultura convencional, deixando o solo em condições de ser reutilizado por gerações futuras.
"Os sistemas agroflorestais são, basicamente, a recuperação e manutenção ambiental aliada à produção. É produzir sem agredir", disse Carlos Henrique, assistente administrativo da Carteira de Agronegócios do Sebrae/AL.
Durante o evento, o engenheiro agrônomo e produtor rural Maurício Rigon Hoffmann Moura, que trabalha com agroflorestas desde 2000 e é produtor rural no Distrito Federal, vai apresentar os princípios e as técnicas de produção, manuais e mecanizadas, do SAF.
Na programação do evento, também está uma visita técnica à Fazenda Vale Florido, no município alagoanos de Ipioca, para que os participantes possam conhecer de perto a produção agroflorestal. Há dois anos, o proprietário da fazenda, Walter Sandis, aderiu SAF. Segundo ele, a produção deu um salto de qualidade após a aplicação das técnicas.
"A minha produção tem se desenvolvido com uma velocidade incrível. Mudanças que só ocorreriam em um ano, acontecem em poucos meses. Com isso, consigo diversificar os produtos que vão desde frutas e legumes até árvores para fazer lenha, tudo com uma cor viva e sem agrotóxicos", afirmou Sandis.
"A produção agroflorestal é a melhor opção para o pequeno produtor por permitir uma maior diversificação de produtos e por necessitar de um maior contato com a terra, coisa que o grande produtor não pode ou nem sempre pode ter", complementou Walter Sândis.