A Polícia Civil de Alagoas prendeu na madrugada desta quarta-feira, dia 15, o jovem Jonathan dos Santos, acusado de matar durante uma tentativa de assalto o filho do presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minério e Derivados de Petróleo, Armando Portela. Alan Loureiro Portela foi assassinado em outubro do ano passado, quando tentou defender o pai da violência dos assaltantes.
Jonathan dos Santos, que portava documentos em nome de Ronaldo de Oliveira, foi preso por volta de 1h30 de hoje, no Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, por uma equipe do 22º Distrito Policial, comandado pela delegada Maria Aparecida. O acusado tentava embarcar para a cidade de Curitiba (PR).
Jonathan estava foragido desde abril, quando fugiu da carceragem da Delegacia de Plantão III, no bairro de Jaraguá. Após a prisão, o acusado disse que comprou os documentos falsos por aproximadamente R$ 100,00, na Feira do Rato. O acusado deverá ser reconduzido ao 22º DP e posteriormente encaminhado para o sistema prisional de Alagoas.
O crime
Dois homens armados invadiram no dia 28 de outubro de 2008 a sede do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minério e Derivados de Petróleo, localizado na Rua Teixeira Bastos, nº 444, no bairro do Prado, e numa tentativa frustrada de assalto balearam o presidente da instituição e mataram o seu filho.
Alan Loureiro Portela, 40 anos, tinha problemas mentais e teria se levantado do chão ao ver que seu pai – o presidente do sindicato, Armando Portela – estaria sob a mira dos bandidos. Quatro pessoas presenciaram o assassinato.
Segundo o 2º tesoureiro do sindicato, Gonçalo José dos Santos, os dois assaltantes estavam em uma moto – de cor e placa não anotadas – e aproveitaram o momento em que uma pessoa deixava a sede do sindicato para invadir o local e anunciar o assalto. Um dos assaltantes ficou com as quatro pessoas que estavam no térreo do prédio e o segundo se deslocou ao pavimento superior, onde funciona o escritório da presidência.
Além de Gonçalo, estavam no térreo do prédio duas mulheres e Alan, filho de Armando. “Eles mandaram a gente se deitar e ficar olhando para baixo. Alan percebeu a movimentação de um dos assaltantes com seu pai, tentou levantar e levou um tiro no peito”, explicou.
Armando ainda tentou defender o filho e também foi baleado. Após balear duas pessoas, os bandidos fugiram sem levar nenhum material do sindicato, embora tenham revirado alguns móveis.
O presidente do sindicato foi encaminhado por vizinhos para o Hospital Geral do Estado e Alan morreu no local, antes de receber atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).