Apesar dos índices negativos, secretário elogia cúpula da segurança pública

Cláudia Galvão/Alagoas24horasSecretários de Estado, representantes de entidades e da sociedade civil acompanham divulgação de relatório

Secretários de Estado, representantes de entidades e da sociedade civil acompanham divulgação de relatório

Na semana em que Maceió foi apontada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, como a capital campeã em crimes de mando, e que organismos nacionais e internacionais apresentaram índices comprovando ser a capital alagoana a mais violenta do país, o Governo do Estado, em parceria com a entidade Corpo Visionários, da Colômbia, apresenta um relatório sobre as atividades da entidade no Estado, que tiveram início em maio de 2008.

Segundo o ex-prefeito de Bogotá, na Colômbia, Antanas Mockus, que prestou consultoria ao Estado, os avanços já podem ser constatados. A apresentação do relatório contou com a presença dos secretários Sérgio Moreira, Kátia Born, Wedna Miranda, e Paulo Rubim, além de entidades como OAB, representantes de ONGs e líderes comunitários.

Momentos antes da apresentação, o secretário Sérgio Moreira, que representou o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) no evento destacou a atuação da cúpula de segurança pública. Segundo Moreira, “jamais tivemos a presença – ao mesmo tempo – de pessoas tão íntegras e comprometidas pela busca da paz e da justiça no estado”. O secretário fez referência à Secretaria de Defesa Social, Polícia Civil e Polícia Militar.

O secretário, no entanto, reconheceu que o estado atravessa um momento de extrema delicadeza do ponto de vista dos indicadores e que o relatório da Corpos Visionários e da Agência Espanhola de Cooperação servirá de base para uma reflexão sobre os acertos e equívocos do Estado no combate à violência urbana.

Moreira destacou que o Estado, além das ações repressivas e preventivas, precisa investir na mudança cultural. “Há uma emergência da violência fruto de uma questão histórica, do desaparelhamento do Estado e da sociedade”. O secretário ainda reconheceu o efeito nefasto do crack, afirmando que a droga é a mais poderosa e mais destrutiva dos últimos tempos. “R$ 1 é o preço de uma morte para quem usa crack”, avaliou.

Em entrevista à imprensa, antes da apresentação do relatório, o professor Antanas Mockus disse que há estudos que comprovam que a violência é contagiosa. Utilizando expressões como narcosuicídio para definir os traficantes de drogas, o consultor defende a mudança no tratamento das comunidades de risco e inclui até a imprensa como ferramenta para a redução dos índices de violência. “A imprensa deve divulgar os problemas, mas não pode esquecer os avanços".

Do ponto de vista prático, a consultoria do ex-prefeito de Bogotá resultou na criação do Observatório da Violência e na formatação de entidades que lutam pela defesa da vida e contra o tráfico de drogas.

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