Incra aplica R$ 1,5 mi em assistência técnica

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O total de recursos aplicados no programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental (ATES), no primeiro semestre de 2009, pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Alagoas já passa de R$ 1,5 milhão. Os recursos para assistência técnica beneficiam mais de nove mil famílias de 138 assentamentos alagoanos.

O programa de ATES possui 124 técnicos de sete instituições envolvidos na prestação de assistência técnica aos assentados e na busca de alternativas para a produção e melhoria de renda dos trabalhadores rurais, como a meliponicultura, artesanato com a fibra da bananeira e o cultivo da pupunha, espécie de palmito.

Na meliponicultura os recursos permitiram a reorganização das colméias, tornando possível a multiplicação dos enxames e a coleta de mel em algumas delas. Hoje, já há comercialização do mel da abelha Jataí e Uruçu. O artesanato com a fibra da bananeira foi fortalecido nos assentamentos Itabaiana e Massangana, em Maragogi, e estendido ao assentamento Junco, na mesma região, onde 57 agricultores e seus filhos agora também trabalham no artesanato. O trabalho dos artesãos já foi exposto em duas feiras – em Recife e no Rio de Janeiro – onde foram confeccionadas mais de 2.300 peças, além da comercialização com uma rede de hotéis de Aracaju. Já no cultivo da pupunha foi realizado trabalho de recuperação das áreas de plantio. A previsão é de que o primeiro corte seja de 3.500 hastes do palmito.

“As alternativas de produção vêm sendo desenvolvidas pelas instituições sem a utilização de financiamentos pelos beneficiários, mas através de articulação com outros parceiros”, salienta Anabela Fernandes, asseguradora de ATES/Pronaf do Incra/AL. A asseguradora também aponta os benefícios gerados pela atividade: aumento da renda familiar; inclusão da mulher do campo na política social do assentamento; promoção da igualdade de gênero; aproveitamento de sub-produtos e diminuição do êxodo rural.

Para o superintendente do Incra/AL, Gilberto Coutinho, o programa de ATES é fundamental porque o público da reforma agrária no Estado é formado, em sua maioria, por pessoas que não vêm da agricultura familiar. “São homens e mulheres que eram empregados de usinas de açúcar e de propriedades de criação de gado, sem a experiência de pequeno agricultor; e em Alagoas, são em áreas onde existem os projetos de capacitação onde a reforma agrária funciona melhor”, explica.

Rompendo fronteiras
Além da comercialização de artesanato para Aracaju, outro exemplo de sucesso é o manejo agroecológico da cultura da laranja lima, que envolve os municípios de Santana do Mundaú, União dos Palmares, Ibateguara, Branquinha e São José da Laje.

Os assentamentos Cavaco e Pindoba II, em União dos Palmares, são os únicos do Estado que possuem o Certificado Fitossanitário de Origem (CFO), emitido pela Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal). “O CFO, requisito obrigatório para que os produtos passem pelas barreiras estaduais, só é obtido se técnicos habilitados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) acompanharem a produção.

Assim, o que é produzido, além de Maceió, também é escoado para Recife e Caruaru, em Pernambuco”, explicou Manoel Bernardo, engenheiro agrônomo da Naturagro, instituto que presta assistência técnica aos assentamentos da região.

Fonte: Adail Barros/Incra

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