Uma fiscalização da Receita Federal realizada em empresas ligadas a familiares do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) indicou a prática de crimes como remessa ilegal de recursos para o exterior, falsificação de contratos de câmbio e lavagem de dinheiro, entre outros. De acordo com reportagem da edição deste sábado do jornal Folha de S.Paulo, há 17 ações fiscais, que atingem 24 pessoas e empresas relacionadas de forma direta e indireta à família Sarney.

Segundo a publicação, a ação do órgão sobre as empresas de familiares do atual presidente do Senado está associada à operação Boi Barrica, que posteriormente recebeu o nome de Faktor, da Polícia Federal (PF). Até o momento, a fiscalização inclui sete contribuintes do Rio de Janeiro e São Paulo.

A Folha informa que o inquérito foi instaurado 2007, após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectar movimentações de R$ 3,5 milhões realizadas por Fernando Sarney e empresas ligadas à família às vésperas da eleição de 2006. A suspeita policial era de que houve caixa dois na campanha de Roseana Sarney (PMDB-MA) à governadora, apontou a reportagem.

A investigação da PF deu origem a cinco inquéritos e Fernando Sarney foi indiciado em três deles, por crimes de formação de quadrilha, gestão de instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Sua mulher, Teresa Murad, e outros funcionários de empresas da família Sarney também foram indiciados.

O jornal informa que, em setembro de 2007, com base nos inquéritos realizados pela PF, um juiz da 1ª Vara Federal do Maranhão determinou à Receita Federal que a fiscalização fosse estendida para as pessoas físicas de Fernando e Teresa, e em três empresas da família: Gráfica Escolar, TV Mirante e São Luís Factoring.

A Folha informa que a fiscalização foi intensificada durante a gestão da ex-secretária da Receita Lina Maria Vieira, quando foi composto um grupo de auditores de fora do Maranhão. Dos sete contribuintes da investigação inicial, a ação foi estendida para 24 pessoas – físicas e jurídicas – e ainda deve chegar a cerca de 50, segundo apurou o jornal.

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