O pedreiro Orlindo de Morais, de 61 anos, sofreu uma queda na laje da obra onde trabalhava e foi atingido na cabeça por um vergalhão. O filho dele que viu o acidente ficou impressionado com a recuperação do pai.
“Eu estava mais nervoso do que ele. Ele estava tranquilo, veio de lá conversando na ambulância. Não sei nem como eu não desmaiei”, conta Lindomar de Morais, que também é pedreiro.
Pela tomografia dá pra ver que o ferro atravessou o crânio e chegou até a entortar. O diretor do hospital Getúlio Vargas, na Penha, no subúrbio, Sérgio Palermo, disse que o socorro rápido e o trabalho médico foram fundamentais. Mas ainda assim, acha que foi um milagre. “A lesão que ele apresentava era uma lesão bastante grave. Acho que a explicação é divina, realmente.”
Há quatro meses, um caso parecido também provocou espanto. O mergulhador Emerson de Abreu, de 36 anos, foi atingido na cabeça pelo arpão da própria arma de pesca na Baía de Guanabara e escapou da morte por milímetros.
Como Emerson, Orlindo Morais não ficou com nenhuma lesão grave no cérebro. A única sequela do acidente, a perda do movimento da perna e do braço do lado esquerdo, ainda pode ser revertida com fisioterapia.