Com direito a homenagem ao ex-lateral esquerdo Sorín, que anunciou sua aposentadoria nesta semana, o atacante Kléber fez o gol que deu um alívio para o Cruzeiro no Campeonato Brasileiro. Aos 44min do segundo tempo, o atacante acertou um lindo chute e decretou a vitória por 1 a 0 sobre o Sport.
No lance, o atacante, que se disse exausto pelo fato de o Cruzeiro jogar com um a menos desde o primeiro tempo, teve fôlego para tirar dois zagueiros da jogada com um drible de corpo e mesmo caindo conseguiu encobrir Magrão. Um gol que dá mais fôlego para o time mineiro, que tem um jogo a menos (assim como o Botafogo) e termina a 15ª rodada na 14ª colocação, se aproximando do bloco intermediário da classificação.
Situação inversa vive o Sport. Se por um lado o adversário de hoje chegou ao quarto jogo seguido sem perder, o Sport completou o quinto sem vitória. A situação só não é pior porque todos os demais times que estão na zona de rebaixamento também perderam.
No Sport, o técnico interino Levi Gomes fez duas alterações em relação ao time de Emerson Leão, do clássico de domingo, contra o Náutico. Andrade entrou no lugar de Sandro Goiano e Luciano Henrique no de Guto, com o time armado no 3-6-1.
Adilson Batista também mexeu no Cruzeiro. Fabinho foi improvisado como zagueiro, o que já estava nos planos. O que surpreendeu foi a entrada de Gerson Magrão como meia, deixando a lateral-esquerda a cargo do jovem Diego Renan.
Em princípio, o plano de jogo do Cruzeiro deu mais certo. O time da casa fazia seu jogo característico, com muito toque de bola, envolvendo o adversário, sempre rondando a área e levando perigo.
Aos 16 min, o gol parecia amadurecer. Gerson Magrão recebeu na entrada da área, girou sobre o zagueiro infiltrou e bateu cruzado de pé direito, no travessão. O lance seguiu, a pressão continuou e a bola chegou a Thiago Ribeiro, que girou, chutou e obrigou Magrão a fazer boa defesa.
Este rumo que o jogo tomava se alterou aos 32min. Diego Renan, que tinha recebido um cartão amarelo infantil, fez falta sobre Vandinho na intermediária, levou outro amarelo e deixou o Cruzeiro com dez.
A partir daí, a partida ficou equilibrada. O Sport não conseguia entrar e só finalizava de fora da área, sem real ameaça ao gol de Fábio. O Cruzeiro também tinha dificuldade para criar, com Gerson Magrão cobrindo o lado esquerdo da defesa. Claramente, a estratégia celeste era tentar igualar o número de homens em campo e o time rubro-negro desceu para o intervalo com cinco jogadores pendurados.
No início do segundo tempo, Levi Gomes tirou os amarelados Igor e Andrade, garantindo a superioridade numérica. O Sport se tornou mais ofensivo e o Cruzeiro, naturalmente, também procurava seu gol – o jogo ficou aberto.
Primeiro foi Fábio quem salvou o time da casa, defendendo uma cabeçada de dentro da pequena área, depois de cobrança de escanteio. Na sequência do lance, os torcedores pernambucanos pediram pênalti de Fabinho em César.
O goleiro rubro-negro também participou bem do jogo. Inicialmente, ele saiu bem aos pés de Kléber e abafou o chute do atacante cruzeirense. Pouco depois, ele defendeu falta cobrada por Gerson Magrão e, no rebote, se recuperou muito bem para evitar o gol de Kléber.
O jogo era lá e cá e as chances iam surgindo. Pelo Cruzeiro, Fabrício errou o gol aberto, depois de uma linha de passe feita por Marquinhos Paraná e Wellington Paulista. Pelo Sport, Vandinho cabeceou no travessão um lançamento de Élder Granja.
A torcida do Cruzeiro estava inquieta e passava um pouco da ansiedade para os jogadores. O time tentava pressionar, mas errava passes, principalmente o último. Já aos 43 minutos, o Sport ficou com dez, com a expulsão de Dutra.
Era o suspiro que o Cruzeiro precisava para acreditar na vitória. Já aos 44 min, Kléber tirou dois defensores com apenas uma finta e, caindo no chão, acertou o ângulo do goleiro Magrão, marcando o gol da vitória.