A Vigilância Sanitária Estadual de Alagoas evitou que 35.700 litros de óleo vegetal que estavam em um caminhão, com tanque que só poderia ser utilizado para produtos químicos, fossem distribuídos e comercializados. O caminhão de uma multinacional de alimentos estava indo da cidade de Luiz Eduardo, na Bahia, para Ipojuca em Pernambuco, onde o óleo seria descarregado e enlatado para a distribuição em supermercados e outros pontos de venda.
O veículo foi abordado no posto da Policia Rodoviária de Novo Lino, onde está desde o dia 10 de julho. “Como é um óleo para consumo humano, ele estaria trazendo resíduo de outros produtos se tornando um perigo para o consumidor ”, explicou Ebenezer Pacheco, coordenador da Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde.
A multinacional não contestou a ação da vigilância sanitária estadual de Alagoas e fez um acordo para vender a carga para uma indústria de tintas em Pernambuco, o que não a livrará de um processo administrativo que já está em curso.
“Nós já remetemos todos os documentos da autuação para o Ministério Público e formalizamos um processo que será encaminhado para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Solicitamos também um técnico do Instituto de Pesquisa Tecnológica e Controle de Qualidade (Intecq) que constatou a irregularidade e estamos anexando este laudo para o processo” explicou Ebenezer Pacheco.
Os técnicos alagoanos lacraram as saídas do produto e liberaram a carga para que ela fosse acompanhada pela Agência Sanitária de Pernambuco que acompanharão processo de entrega do óleo para a indústria de tintas.
“Todo o trabalho da Vigilância Sanitária foi efetuado, agora cabe a Polícia Rodoviária Federal constatar as documentações do veículo para que eles possam seguir até Pernambuco, enquanto isto, o processo sobre as irregularidades será remetido para a Anvisa”, afirmou a nutricionista Márcia Alves.
