Os setores de serviços e comércio de Alagoas comemoram os números da Relação Anual de Informações Sociais (Rais 2008), anunciados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Conforme os dados, os dois setores foram os que mais geraram empregos no Estado. Serviços com a criação de 9,6 mil postos de trabalho (11,93%) e comércio com a geração de 4,2 mil postos (7,54%). Em 2008, o Brasil alcançou a marca de 39,4 milhões de empregos formais aumento de 1,8 milhões (4,88%) em relação a 2007. Em Alagoas, o aumento correspondeu a 4,19%.
Alagoas acompanhou a tendência nacional. No Brasil, os setores que apresentaram os melhores desempenhos, em termos absolutos, foram: serviços com a criação de 645,6 mil postos (+5,41%); comércio com 483,2 mil (+7,06%); construção civil gerou 296,6 mil postos (+18,33) e a indústria de transformação com 228,7 mil novos empregos. Os percentuais de Alagoas em serviços e comércio estão acima da média nacional.
Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio/AL), Wilton Malta, a geração dos empregos formais é fruto das instalações de empresas do ramo atacadista, varejista e criação de filiais. Segundo ele, não apenas na capital, mas também no interior do Estado.
No setor de serviços, Malta destaca a atuação de hospitais e clínicas, por exemplo, que contribuíram para e prestação de serviço. Para o presidente da Fecomércio, Alagoas tem uma demanda reprimida nos segmentos varejista e de serviços.
Ele explica que esse crescimento passa pelo Programa Bolsa Família, que é grande alavancador de recursos. “Vejo que o Bolsa Família contribui muito para essa economia. Além disso, o momento econômico do Estado é de estabilidade e o momento político também tem contribuído”, observou.
Em Alagoas, de acordo com a Rais, o número de empregos formais alcançou 425 mil em dezembro de 2008, correspondente a um crescimento de 4,19% em relação ao estoque de emprego de dezembro de 2007. Em termos absolutos, esse aumento correspondeu ao incremento de 17,1 mil postos de trabalho, em relação ao mesmo mês do ano anterior.
A agropecuária (-7,06%) apresentou o maior resultado negativo, registrando perda de 766 postos formais. Em termos relativos, os maiores crescimentos foram da construção civil (+22,28% ou +2,5 mil postos de trabalho), extrativa mineral (+15,61%, ou +146 postos) e serviços (+11,93%, ou 9,6 mil postos).
O crescimento de serviços e a queda de administração pública devem ser relativizados devido a um melhor re-enquadramento de um estabelecimento com estoque expressivo que declarava no setor de administração pública no ano anterior e passou a declarar em serviços em 2008.
O rendimento real médio do trabalhador alagoano aumentou 2,60% em relação a dezembro de 2007, como resultado das variações positivas nas remunerações médias recebidas pelas mulheres (+4,08%) e pelos homens (+1,79%).
Nacional – O ministro Carlos Lupi afirmou que em 2009 o Brasil chegará a marca de 40 milhões de empregos formais, entre celetistas e estatutários. Segundo Lupi, no governo Lula foram gerados 10,7 milhões de empregos formais, ou seja, o melhor resultado em 20 anos.
Do total de 1,834 milhão de empregos gerados, 1,698 milhão foram com carteira assinada (celetistas), e 135,9 mil de vínculos empregatícios estatutários (servidores públicos). O crescimento do emprego contribuiu para o ganho real de 3,52% do rendimento médio dos trabalhadores formais, passando de R$ 1.443,77 em dezembro de 2007 para R$ 1.494,66 em dezembro de 2008.
Declararam a Rais, em 2008, 7,143 milhões de estabelecimentos, sendo 3,085 milhões com empregados, e 4,058 milhões de estabelecimentos sem empregados contratados, representando um crescimento de 3,7% no total de estabelecimentos, em relação a 2007.
A Rais é o instrumento do Governo Federal utilizado para identificar os trabalhadores com direito ao recebimento do benefício do abono salarial. Em 2008, foram identificados 16,903 milhões de trabalhadores com direito ao benefício ante 15,561 milhões, em 2007.