TALLINN (Estônia) – Trata-se de quase uma apresentação privada e contra uma das piores seleções do mundo. A seleção brasileira pentacampeã, atual vencedora da Copa das Confederações e líder no ranking da Fifa, viajará até os Bálticos para jogar nesta semana para apenas 9,3 mil pessoas na A. Le Coq Arena, estádio cujo nome é referência a uma famosa cervejaria da Estônia.
Arena que receberá Estônia x Brasil tem capacidade para cerca de 9 mil torcedores
Com um grupo quase definitivo para a Copa do Mundo de 2010, a seleção desembarca nesta segunda-feira na Estônia para seu último teste antes das partidas que podem definir a classificação do Brasil para o Mundial no próximo ano.
A seleção enfrenta a Estônia na quarta-feira, e na terça realiza o único treino antes da partida. Os adversários nunca se classificaram para uma Copa do Mundo e a melhor posição que obtiveram no ranking da Fifa foi a de número 60, em 2002. Hoje, a Estônia é a 112.ª colocada no ranking da entidade máxima do futebol, abaixo de Sudão, Fiji e até Antigua e Barbuda.
O estádio, do clube FC Flora, tem capacidade para apenas 9,3 mil pessoas. Mas os cartolas locais não escondem o orgulho: o estádio. construído em 2001. é um dos poucos no mundo a contar com um aquecimento subterrâneo para impedir que, em algumas partes do ano, a neve impeça as partidas e para que a grama se mantenha sempre perfeita.
Como já é tradicional atualmente, o clube vendeu os direitos do nome do estádio a uma empresa, no caso a cervejaria A. Le Coq. Assim, o clube recebe uma quantia significativa em dinheiro para batizar a arena com o nome da empresa.
Na Estônia, de apenas 3 milhões de habitantes, a partida está sendo vista como um dos principais eventos deste verão europeu. O país, ex-república soviética, vive a pior crise desde sua independência, conquistada no início dos anos 90. Mas, mesmo assim, hotéis oferecem pacotes para torcedores de todas as regiões que quiserem ver o time brasileiro de perto.
O jogo é o principal das festas pelos 100 anos da Federação Estoniana de Futebol. O esporte por lá tem pouca força – nunca um time passou da fase inicial de torneios europeus -, mas, curiosamente, a seleção local é patrocinada pela Nike.