A diretoria do São Paulo está disposta a colaborar com a atitude dos torcedores de usar a máscara do Jason que tomou conta do Morumbi nos últimos jogos do time, mesmo com a decisão da Polícia Militar de proibir a utilização das máscaras.
O superintendente de futebol do clube e vereador, Marco Aurélio Cunha, esteve em contato nesta terça-feira com o coronel Álvaro Batista Camilo, comandante geral da Polícia Militar de São Paulo, para tratar não só deste tema, mas da proibição de alguns materiais em geral.
"Sou a favor de qualquer manifestação espontânea. Até mesmo se o torcedor levar ao estádio uma máscara de palhaço, para protestar contra o dirigente. Hoje em dia muitas coisas estão proibidas nos estádios de futebol", disse Cunha.
A conversa se estendeu até Almir Ribeiro, comandante do 2º Batalhão de Choque da PM, responsável pelo policiamento interno nos estádios, e Hervando Luiz Veloso, comandante do mesmo batalhão, mas responsável pelas operações externas no Morumbi, Pacaembu e Palestra Itália.
O objetivo é que algumas medidas adotadas pela Polícia Militar sejam revistas, já que elas são tomadas apenas em São Paulo. Em outros estados não há esta proibição, como no Rio de Janeiro. Além disso, nos últimos três episódios de maior repercussão envolvendo conflitos em estádios de futebol dentro do Estado, nenhuma pessoa foi indiciada.
O objetivo da PM é proibir que os torcedores entrem no Morumbi com as máscaras do Jason e até que elas sejam vendidas perto do estádio.
"O torcedor pode entrar com o intuito de fazer a simbologia, mas na hora da saída ele pode arrumar um problema e ai não conseguiremos identificá-lo por estar com a máscara", explicou Almir Ribeiro.