A delegada Rebeca Cordeiro, que preside o inquérito sobre o sequestro-relâmpago e tentativa de homicídio contra o jovem Fábio Acioli Souza da Costa, de 21 anos, divulgou nesta quinta-feira, 13, o retrato-falado dos acusados de sequestrar e atear fogo ao corpo do jovem.
O crime foi registrado na noite da última terça-feira, 11, após o universitário deixar uma escola de idiomas no bairro de Cruz das Almas. A primeira informação dava conta que o jovem teria sido abordado na saída da escola, mas segundo a Polícia Civil, Fábio foi abordado por dois elementos em uma banca de revistas, em Cruz das Almas.
Os bandidos levaram Fábio em seu veículo – o Pegeout de placa MUH 6407/AL – até um canavial no Complexo Benedito Bentes, onde o jovem foi agredido a coronhadas e teve quase 90% do corpo queimado. O universitário – que estuda arquitetura e design – ainda conseguiu se desvencilhar da roupa em chamas e pedir ajuda. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestou os primeiros socorros ao rapaz e o encaminhou para um hospital particular no Farol, de onde será transferido para um hospital em Recife, após apresentar melhoras no seu quadro.
A delegada, que é titular do 8º Distrito Policial, já colheu o depoimento de várias testemunhas, que contribuíram na elaboração do retrato-falado pela Divisão Especial de Investigações e Captura (DEIC) da Polícia Civil. A delegada, no entanto, informou por meio da assessoria da PC que não fornecerá informações para não atrapalhar as investigações.
Momentos após Fábio Costa ter sido resgatado, o carro do jovem teria sido abandonado e incendiado em uma estrada de barro no Sítio Jacarecica. Testemunhas afirmam que ouviram estouros e viram as labaredas por volta das 2h. No começo da manhã, a PM constatou que o veículo pertencia a Fábio Costa.
Ainda ontem, a reportagem do Alagoas24horas entrou em contato com parentes da vítima que informaram que o jovem havia se submetido a uma longa cirurgia para a retirada do tecido queimado, e que as horas subsequentes seriam determinantes para evitar infecções secundárias.
Quem tiver informações sobre os acusados pode ligar para o número 0800-284-9390, e nem precisa se identificar. O anonimato é totalmente garantido.