Líder comunitário executado já havia recebido várias ameaças

A violência urbana em Alagoas tem feito vítimas com os perfis mais variados e tem atingido, inclusive, quem trabalha para combatê-la. Na noite desta quinta-feira, dia 13, o líder comunitário e servidor público Carlos Alves de Lima, de 48 anos, foi executado dentro da sua residência, localizada na Rua do Campo, no bairro do Bom Parto.

O local também foi palco da chacina dos Irmãos Assunção, quando foram mortos Marcelo, Márcio, Magno José e Marcelino Ângelo Assunção Batista. O crime aconteceu em novembro de 2008, na localidade conhecida como Beco do Sargento, também no Bom Parto. A motivação: acerto de contas entre um dos irmãos e traficantes que agiam na região.

Segundo os primeiros levantamentos do 4º BPM, os assassinos de Carlos Lima foram identificados pelas alcunhas de Jau, Tiago e Peu, que seriam traficantes que atuam na região. A motivação para o crime: Carlos Lima era presidente da associação de moradores e vinha combatendo o tráfico na localidade, inclusive orientado os jovens a deixar o vício, o que teria desagradado os chefes do tráfico.

O líder comunitário já teria sido alvo de várias ameaças, inclusive na manhã de ontem, apenas algumas horas antes de ser assassinado friamente dentro da sua casa, onde morava com a mulher e um filho adotivo. Carlos Lima trabalhava no posto de saúde Geraldo Melo e sua morte aumentou o clima de insegurança na região.

A família, embora confirme as ameaças, alega desconhecer os autores materiais do crime. A justifica é óbvia, todos moram na mesma comunidade e a conhecida ‘lei do silêncio’ impera nessas situações. A irmã da vítima se encontra no Instituto Médico Legal Estácio de Lima na manhã de hoje, 14, aguardando a liberação do corpo. Carlos Lima deverá ser sepultado na tarde de hoje no Cemitério São José.

O crime será investigado pelo delegado Valdir Silva de Carvalho, do 7º Distrito Policial.

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