A população do bairro de Ponta Grossa e áreas adjacentes recebem neste sábado, dia 15, a oportunidade de passar por uma triagem e, em caso de necessidade, passar por uma cirurgia de catarata, doença recorrente na população brasileira. O projeto Visão de Anjo, idealizado desde o ano passado após um acidente de veículo, na Avenida Fernandes Lima, que atingiu a coordenadora do projeto, Edna Lúcia. A estimativa de atendimento para este sábado é de 700 pessoas.
De acordo com Edna Lúcia, o projeto é desenvolvido em parceria com o hospital de Olhos Santa Luzia e os primeiros pacientes aprovados na triagem de hoje serão operados no próximo dia 24. “Aqui, fazemos todo o levantamento do paciente. Verificamos a condição e necessidade dele e, no caso de comprovada relevância da cirurgia, fazemos aqui mesmo os exames iniciais, como glicemia, eletrocardiograma, entre outros e, aqueles em que foram constatados casos de catarata ou pterígio [carne crescida] terão a cirurgia marcada”, explica a coordenadora.
O médico responsável pelo projeto, na parte específica, Fábio Guerreiro, a cirurgia é feita de forma moderna. “O procedimento é feito por facoemulsificação, que é a fragmentação da catarata por meio de ultrasom, de forma rápida, reduzindo o período de recuperação, evitando a permanência no hospital”, esclarece o médico oftalmologista, que desenvolve o trabalho no instituto de forma voluntária.
As próximas etapas do projeto Visão de Anjo estão previstas para os bairros do Benedito Bentes, Fernão Velho e Bebedouro. O deputado Marcos Barbosa (PPS) e a esposa dele, vereadora Silvania Barbosa (PT do B), responsáveis pelo instituto São Gerônimo, garantiram a logística necessária para o desenvolvimento do projeto. “Sabemos das carências da população e do sofrimento das pessoas para realizar exames na área médica, daí a nossa preocupação em apoiar o desenvolvimento do projeto Visão de Anjo”, explicou Marcos Barbosa.
A catarata congênita e as de desenvolvimento infanto-juvenil se apresentam do nascimento até os 10 anos de idade, são comuns e passíveis de tratamento, mas o prognóstico visual depende da precocidade do diagnóstico. A catarata é o cristalino opacificado, que impede total ou parcialmente os raios de luz de chegarem à retina, prejudicando a visão.
Já o pterígio deixa o olho vermelho, o que costuma resultar, por parte dos pacientes, em queixa por motivo estético. Também são frequentes os sintomas de ardência, irritação, sensação de corpo estranho, queimação e outros relacionados às desordens da superfície ocular.
Quando o crescimento sobre a córnea ultrapassa 3mm, há distorção da curvatura corneana, com repercussão sobre o erro refracional. Se negligenciado, pode, ocasionalmente, aumentar ainda mais encobrindo parcial ou totalmente o eixo visual. Algumas vezes o pterígio, devido ao desconforto, pode confundir com os sintomas da catarata, apesar de terem diagnósticos diferentes.