Os erros da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, ainda incomodam Ricardo Teixeira, presidente da CBF. Na ocasião, a Seleção Brasileira foi eliminada nas quartas de final pela França e muitos jogadores acabaram acusados de falta de comprometimento. Para evitar a repetição dos equívocos, o time deve ser blindado para não criar um clima excessivamente festivo na Copa de 2010, na África do Sul.
Na Copa da Alemanha, a Seleção ficou concentrada na pequena cidade de Weggis, na Suíça. Lá, torcedores circulavam livremente pelo saguão do hotel e alguns jogadores foram acusados de abusar das noitadas.
"A postura do jogador conta nessa hora. O Dunga só quer com ele aqueles que estejam comprometidos com a Seleção, os que fazem sacrifícios para estar lá. Na África será tudo diferente, inclusive a preparação", sinalizou Teixeira. Vale lembrar que antes da Copa das Confederações, em julho, a Seleção ficou "isolada" em um hotel em Bloemfontein, na África do Sul.
O presidente da CBF admite ter sofrido com a eliminação em 2006, mas não vê Weggis como única culpada. "O presidente é sempre um dos culpados, claro. Sofri demais com essa eliminação, pois com o time que tínhamos, deveríamos ter vencido. Mas Weggis tem sido desculpa para alguns que estiveram lá. Quero lembrar que tivemos 20 dias de preparação entre Weggis e a Copa. Os problemas poderiam ter sido resolvidos neste período", lembrou Ricardo Teixeira. "Mas você só aprende quando sofre, por isso vamos fazer tudo diferente", completou.
Durante o evento de apresentação do novo parceiro da CBF, o Grupo Pão de Açúcar, Teixeira teve a companhia do empresário Abílio Diniz, dono da organização. Diniz reforçou as cobranças do presidente e afirmou que espera muito do time treinado por Dunga.
"Acredito que a Seleção irá bem. Não sei se vai levar a taça, mas a postura certamente será diferente. Vamos nos comportar como homens e sair de cabeça erguida", afirmou Abílio Diniz.