O desembargador Orlando Manso determinou o afastamento do deputado estadual Cícero Ferro (PMN) do cargo na Assembleia Legislativa do Estado. As primeiras informações dão conta que o afastamento atende a um pedido do Ministério Público Estadual em função da acusação de participação no assassinato do vereador por Delmiro Gouveia, Fernando Aldo.
Ferro, que havia retomado seu mandato após mais de um ano afastado por decisão da Justiça devido ao seu indiciamento na operação Taturana da Polícia Federal, deverá ser afastado em 24 horas, conforme determinação do TJ.
O deputado Cícero Ferro recebeu uma intimação de um oficial de justiça com a decisão do TJ, momentos após o encerramento da sessão que não foi realizada por falta de quórum. Ainda surpreso com a decisão, Ferro e outros parlamentares presentes reuniram-se a portas fechadas para discutir o assunto.
O advogado do deputado Cícero Ferro, Welton Roberto, que até então não havia sido informado sobre a decisão, afirmou que logo que se inteirar da decisão ingressará com uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir seu retorno à ALE.
"O ministro Gilmar Mendes já havia deixado claro que ninguém (juiz, desembargador), pode afastar um parlamentar de seu mandato", disse Roberto.
No dia 04 de agosto o procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares participou de uma reunião com técnicos para estudar o possível afastamento dos quatro deputados, que além da acusação de desvio de R$ 300 milhões da ALE, são acusados de assassinato: Antônio Albuquerque (sem partido), Cícero Ferro (PMN), Marcos Barbosa (PPS) e João Beltrão (PMN).
Informações de bastidores dão conta que os deputados temem que o afastamento de Ferro abra precedentes para o afastamento dos demais.
Ao final da reunião os parlamentares anunciaram uma sessão especial, às 20h, para discutir o assunto.
Atualizada às 17h35.