Curso sobre doenças transmitidas por comida

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Alimentos vendidos na rua

Com a correria do dia-a-dia muitas pessoas não tempo de se alimentar de forma adequada e termina consumindo alimentos na rua, em barracas e restaurantes. Se o alimento não for manipulado com uma higienização correta, pode contaminar o consumidor e causar doenças.

Na próxima terça-feira (01), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promove uma capacitação em vigilância epidemiológica por Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA). A iniciativa, que contará com a participação de técnicos do Ministério da Saúde, será realizada a partir das 8h30, no Hotel Verde Mar até o dia 4 de setembro. O treinamento vai ser coordenado pelos setores de Vigilâncias Epidemiológica e Sanitária da Sesau.

O curso é destinado aos profissionais das áreas de Vigilâncias Epidemiológica, Sanitária, Ambiental e Saneamento, do Laboratório de Saúde Pública, Assistência à Saúde, Educação e Saúde, do Hospital Geral do Estado (HGE), Hospital Escola Hélvio Auto, Promoção da Saúde, Anvisa /AL, Clínica Infantil Drª Dayse Brêda, Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal).

Também participarão do treinamento, técnicos dos municípios de Maceió, Maragogi, Arapiraca, Rio Largo, Marechal Deodoro e Penedo. A capacitação terá uma carga horária de 32 horas, em horário integral, com inicio às 8h30 e término às 17h.

De acordo com a técnica do Núcleo de Vigilância e Agravos de Veiculação Hídrica, Fabíula Tormena, o curso tem o objetivo de promover a estruturação de um sistema de vigilância integrado das DTA, no âmbito estadual, através da implantação e implementação da investigação dos surtos, permitindo conhecer o comportamento das DTA’s na população.

“O perfil epidemiológico das doenças transmitidas por alimentos no Brasil ainda é pouco conhecido. Somente alguns estados e/ou municípios dispõem de estatísticas e dados sobre os agentes etiológicos mais comuns, alimentos mais frequentemente implicados, população de maior risco e fatores contribuintes”, informou Fabíula Tormena.

Ela explicou também que a investigação epidemiológica é realizada a partir de ações intersetoriais com o objetivo de coletar informações básicas necessárias ao controle do surto de DTA; diagnosticar a doença e identificar os agentes etiológicos relacionados ao surto; identificar a população de risco e a provável fonte de contaminação; propor medidas de prevenção e controle pertinentes e divulgar os resultados da investigação para evitar que novos surtos ocorram.

De acordo com a técnica, as ocorrências podem acontecer de natureza formal e informal. A formal por ser gerada por vigilância em locais de maior risco como hospitais, internatos, creches, presídios, laboratórios de análises públicos e privados, entre outros. E a informal, quando gerada ocasional ou espontaneamente, sem que exista por parte dos informantes, compromisso ou obrigatoriedade.

Em situação de surto, a população deve notificar e informar aos órgãos das unidades de saúde do município, que ficam localizados no Dique Estrada, Rolan Simon, no Vergel, Ib Gatto, no Tabuleiro, João Paulo II, no Jacintinho, Pam Bebedouro e pelo plantão do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), pelo telefone 3315-2059.

As Doenças Transmitidas por Alimentos são causadas pela ingestão de água ou alimento contendo agentes etiológicos em quantidade que afetam a saúde do consumidor e que causam náuseas, vômitos, diarréia, acompanhada ou não de febre, atribuída à ingestão de alimentos ou água contaminados.

As DTA’s são um grande e crescente problema de saúde pública no mundo. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil no período de 1999 a 2009 foram notificados 3.876 surtos com 81.900 doentes e 39 óbitos. Em Alagoas, durante o período de 2001 a 2009, foram ocorreram 39 surtos de DTA, envolvendo 986 pessoas doentes, sem registro de óbito.

Os surtos ocorrem principalmente em residências, restaurantes e escolas; e por alimentos como ovos mal cozidos, alimentos mistos, molhos e carnes vermelhas. A salmonella spp foi o agente etiológico mais identificado nos surtos.

Fonte: Ascom Sesau

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