Acontece na noite desta terça-feira, dia 1º de setembro, na Igreja dos Capuchinhos, no bairro do Farol, a missa de 7º Dia em memória do estudante universitário Fábio Acioly Souza da Costa, de 21 anos, sequestrado, espancado e queimado vivo em um canavial no Complexo Benedito Bentes, no dia 11 de agosto. Fábio morreu no último dia 26, em um hospital em Recife (PE), onde estava internado.
A missa de 7º Dia deverá ser mais um ato de protesto dos amigos e familiares, exigindo a apuração da morte do rapaz. Em um site de relacionamentos da internet, amigos pedem que todos compareçam à missa vestidos de branco. A família ainda não se pronunciou oficialmente sobre a morte do universitário, que segundo familiares era um rapaz calmo e dedicado aos estudos.
Na época do internamento, ainda em Maceió, uma tia de Fábio Acioly fez um desabafo à imprensa, acusando o Estado pela falta de segurança e questionando o empenho da polícia. À época, a tia afirmou que os pais não se pronunciariam, uma vez que estavam dedicados à recuperação do jovem, que infelizmente não ocorreu.
A mesma postura silenciosa tem sido adotada pelas delegadas que investigam o caso. Rebeca Cordeiro, titular do distrito onde ocorreu o crime, Lucy Mônica e Fabiana Leão – integrantes da cúpula – chegaram a se deslocar a Recife, onde tomariam o depoimento de Fábio Acioly, contudo, foram informadas que o jovem permanecia em coma induzido, quadro que jamais deixou desde que foi internado.
Na última sexta-feira, a Polícia Civil de Alagoas confirmou a prisão de cinco acusados de participar da morte do universitário. Todos tiveram a prisão temporária decretada. Quatro deles seriam provenientes de São Paulo e teriam sido contratados para participar do crime. O quinto acusado seria a principal testemunha do crime, um funcionário público municipal, que teria indicado a vítima aos seus algozes. Nenhuma informação, no entanto, foi confirmada pela polícia, que alega que as investigações correm em segredo de Justiça.