Mesmo com a decretação da ilegalidade da greve, dezenas de servidores da educação de Alagoas realizaram mais uma mobilização na manhã desta quarta-feira, dia 2. Desta vez, os servidores em greve na protestaram na entrada da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, na Rua Cincinato Pinto, no Centro de Maceió.
Para a vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), Célia Capistrano, a categoria continua mobilizada mesmo com a decretação da ilegalidade e sem um aceno do governo com relação a pauta de reivindicação.
Os servidores realizaram um café-da-manhã na frente do prédio no início da manhã em um protesto pacífico para tentar chamar a atenção das autoridades.
A categoria está em greve desde o dia 17 de agosto e reivindica reajuste salarial de 15%, condições reais de trabalho; convocação de concursados, garantia de direitos conquistados, como difícil acesso, agilidade na implantação da mudança de nível, pagamento do resíduo da isonomia, ampliação de vagas para o curso Profuncionário no segundo semestre; recuperação do Cepa, implementação das escolas de tempo integral; política de segurança; e agilidade na elaboração e encaminhamento das minutos referentes à garantia da classe.
No último dia 25, atendendo ao pedido da Procuradoria Geral do Estado, a juíza Ester Manso, titular da 16ª Vara Cível da Capital decretou a ilegalidade da greve da Educação. A magistrada autorizou a suspensão da greve, determinando o retorno imediato dos servidores às suas atividades funcionais. A multa pelo descumprimento da decisão é de R$ 20 mil por dia.
Manso também determinou o desconto nos subsídios dos servidores grevistas pelos dias paralisados e a abertura de processo administrativo disciplinar por abandono ao cargo.
A presidente do Sindicado dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), Girlene Lázaro, informou que já estão recorrendo da decisão.