A convocação de Martín Palermo para a seleção argentina que enfrenta o Brasil neste sábado causou muita surpresa. O atacante do Boca Juniors foi chamado às pressas junto com mais dois jogadores (o volante Braña e o zagueiro Schiavi) por conta das inúmeras lesões no time de Diego Maradona.
Teoricamente, Palermo seria o último na preferência do treinador para entrar em campo. Mas como Maradona gosta de surpreender diariamente, ele foi escalado ao lado de Lionel Messi no primeiro treino da equipe, terça-feira, em Buenos Aires.
Apesar de não estar confirmado entre os 11 titulares, suas chances de participar do clássico em Rosário aumentam. E com isso, o sinal de alerta começa a ser ligado entre os brasileiros, já que Palermo tem uma maneira de jogar bastante diferente dos principais atacantes argentinos (Messi, Agüero e Tevez).
Palermo é mais goleador. Joga enfiado dentro da área e seu forte é o jogo aéreo. Os "concorrentes" atuam de forma distinta. Buscam o jogo fora da área e têm na velocidade o ponto forte.
"Ele é um grande jogador, que finaliza muito bem, mas não tem muita velocidade. Quando mais longe deixarmos ele do gol, será melhor", recomendou o zagueiro Miranda, que já enfrentou Palermo em dois "mata-matas" pelo São Paulo (uma vitória e uma derrota).
"Temos que ter cuidado não só com ele, mas com todos os atacantes argentinos, que são perigosos", acrescentou Juan, que deve formar a dupla de zaga titular ao lado do capitão Lúcio.
O atacante argentino costuma se destacar contra os clubes brasileiros em competições sul-americanas. Com a camisa do Boca, clube pelo qual foi bicampeão da América, já venceu duelos eliminatórios contra Cruzeiro, Palmeiras, São Paulo, São Caetano e Internacional.
Pela seleção, Palermo não conseguiu o mesmo destaque. E ficou lembrado por ter perdido três pênaltis na partida contra a Colômbia na Copa América de 1999, marca negativa que colocou o jogador no livro dos recordes.