O lateral esquerdo Roberto Carlos culpou o narrador Galvão Bueno e o colunista Renato Maurício Prado pela sua aposentadoria da Seleção Brasileira. Segundo o jogador, as críticas da dupla sobre a sua participação no gol que eliminou o Brasil na Copa do Mundo da Alemanha em 2006 foram duras e injustas.
"Eu falei que não jogaria mais pelo Brasil por um problema pessoal que tive com Galvão Bueno e Renato Maurício Prado, jornalistas bem conhecidos no país. Por isso desisti de vestir a camisa verde-amarela. Não achava justo as duras críticas que recebi dessas pessoas", disse Roberto Carlos em entrevista à revista Veja.
No lance em questão, Roberto Carlos aparece ajeitando o meião de seu uniforme enquanto o atacante Henry aparece livre para marcar o gol da França que decretou a eliminação brasileira. Segundo o lateral, três anos e meio depois do episódio, foi um lance normal.
"Só a imprensa brasileira falou sobre o episódio. Foi uma história criada por dois jornalistas que não são profissionais. O lance do gol da França foi uma jogada normal. Depois dele, tivemos 50 minutos para marcar um gol. Não marcamos e fomos eliminados. Não me considero injustiçado, pois tenho 22 anos de carreira e vivi de glórias. Não são dois jornalistas que vão destruí-la", disse.
Na mesma entrevista, o lateral revê a posição de nunca mais vestir a camisa da Seleção Brasileira. Pretendendo jogar por mais três anos – e depois virar treinador, Roberto Carlos diz só o técnico Dunga definir se ele tem condições de voltar ao time nacional mas que tem muito interesse em vestir novamente a camisa da Seleção.
"A Copa do Mundo acontece em junho do ano que vem e não sei das minhas possibilidades. Mas se eu voltar a jogar no futebol brasileiro em 2010, as chances aumentam. Na Turquia, sinceramente, fica mais complicado. Mas é meu pensamento disputar mais uma competição tão importante como a Copa", disse o jogador que tenta encerrar seu vínculo com o Fenerbahce, da Turquia, para voltar ao futebol brasileiro.
"Tive um contato com o Fluminense há pouco tempo, mas o clube turco não autorizou minha saída. A imprensa brasileira fala em Corinthians pela minha amizade com o Ronaldo, e o Santos, clube de coração do meu pai. Mas também tem o Palmeiras, que me lançou para o futebol. Não tenho preferência, mas aviso: prefiro jogar na capital paulista", disse.