Um dos principais líderes do tráfico de drogas no Rio de Janeiro, Marcos Vinícius da Silva, o Lambari, deixou o presídio de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná, às 11h da manhã desta sexta. No entanto, Lambari foi preso novamente ao chegar em São Paulo, quando agentes cumpriram uma nova determinação da justiça.
Com um alvará de soltura em mãos e o direito de permanecer em liberdade para cumprir pena no regime aberto concedidos pela Justiça de Curitiba, Lambari viajou de avião em direção ao Rio. Quando estava no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, foi surpreendido e preso por agentes da Polícia Federal, desta vez, baseado em nova decisão do juiz Carlos Augusto Borges, titular da Vara de Execuções Penais (VEP). ¿Expedi o mandato porque um preso não pode ser colocado direto no regime aberto, primeiro vem o semiaberto¿, explicou.
Lambari ficará no presídio Vicente Piragibe, no complexo penitenciário de Gericinó, para presos do regime semiaberto. Ele só poderá deixar a unidade se conseguir um emprego. Lambari só poderá visitar a família após nova análise da Vara das Execuções Penais.
A prisão de Lambari frustrou uma festa preparada por traficantes da favela do Jacarezinho. Um foguetório já estaria programado para recebê-lo. Aliados dos complexos do Alemão e da Penha eram convidados de honra.
Juiz critica monitoramento
Na Justiça de Curitiba, Lambari ganhou o direito de passar do regime fechado para o aberto por ter cumprido 11 dos 12 anos de pena. ¿Quando o preso vai para uma unidade federal, a execução penal é feita lá. Mas, aqui, cabe à VEP¿, disse o juiz. Para ele, a nova lei sancionada pelo governador Sérgio Cabral, que prevê rastreamento através de braceletes ou pulseiras, para detentos, é inconstitucional.
Em Minas Gerais, o governo, que há dois anos promove testes, abrirá licitação para compra de 300 tornezeleiras. Por mês, o monitoramento custará R$ 500 por preso. Em 2008, dos 4.263 detentos que tiveram saída temporária em Minas, 225 não retornaram.