O ex-policial militar – acusado de integrar a gangue fardada – Aderildo Mariz Ferreira, de 49 anos, conhecido como Nego Déo, foi assassinado com vários tiros de pistola 380, nas costas, na noite desta segunda-feira, dia 7, quando bebia com amigos em um bar localizado no Loteamento Esplanada, no Jardim Saúde.
O crime aconteceu em um estabelecimento a poucos metros da casa da vítima. Segundo testemunhas, quatro homens se aproximaram a pé e deflagaram os tiros pelas costas da vítima, que não esboçou qualquer reação. As pessoas que estavam no bar no momento do crime fugiram aterrorizadas, temendo ser atingidas.
De acordo com os primeiros levantamentos da polícia, a vítima estava em liberdade condicional após cumprir pena no sistema prisional de Alagoas, por crimes relacionados à gangue fardada. A organização criminosa, supostamente comandada pelo ex-tenente-coronel Manoel Cavalcante, é apontada como responsável por vários crimes de mando no estado.
Policiais do 8º Distrito Policial e do 5º Batalhão estiveram no local realizando os primeiros levantamentos. O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal Estácio de Lima, onde será submetido à necropsia e posteriormente liberado para sepultamento.
Familiares do ex-militar estiveram na cena do crime, mas não quiseram falar com a imprensa. O caso será investigado pela delegada Rebeca Cordeiro.
Histórico
Aderildo Mariz Ferreira figurava como réu no processo da morte do ex-delegado Ricardo Lessa e do seu motorista, Antenor Carlota da Silva. O crime ocorreu em 1991.
Além de Nego Déo, figuram como réus no processo o ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante, Valdomiro dos Santos Barros, Valmir dos Santos, José Carlos de Oliveira, José Luiz da Silva Filho, Cicero Felizardo dos Santos, Edgar Romero de Morais Barros e Everaldo Pereira dos Santos, pai da adolescente Eloá Cristina, que foi assassinada pelo namorado após ser mantida em cativeiro.