O novo superintendente Regional de Polícia Federal em Alagoas, delegado Amaro Viera Ferreira, tomou posse no final da manhã desta segunda-feira, dia 14, em solenidade concorrida no auditório da Justiça Federal, na Serraria.
A solenidade contou com a presença do diretor-geral do Departamento de Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), do procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, do presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Fernando Toledo (PSDB), além do ex-superintendente da Polícia Federal em Alagoas, José Pinto de Luna (PT), e vários delegados federais.
Amaro Vieira Ferreira, que é ex-integrante da Corregedoria da Polícia Federal, disse ter consciência da complexidade do trabalho que deverá ser desenvolvido em Alagoas, mas disse ter aceitado o desafio e se declarou pronto para enfrentá-lo. Em entrevista à imprensa, afirmou ainda que seu trabalho será baseado na substanciação dos inquéritos que serão remetidos à Justiça e assim extinguir ou diminuir a sensação de impunidade.
Alvo da principal operação da Polícia Federal em Alagoas, a Operação Taturana, o presidente da Casa de Tavares Bastos, Fernando Toledo (PSDB), destacou a posse de Amaro Vieira como mais uma medida para tornar a PF forte e atuante. Questionado sobre o período em que Pinto de Luna esteve à frente da entidade, Toledo disse que Luna fez o que estava dentro das suas atribuições.
Fernando Toledo confirmou, ainda, que se reuniu na última semana com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Toledo lamentou a ausência da presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargadora Elizabeth Carvalho, na reunião, mas voltou a confirmar que o decreto aprovado pela ALE, que impede o afastamento de deputados por decisão judicial é legal, segundo a assessoria jurídica da casa. Quanto à improvável intervenção federal, Toledo disse que a ALE irá aguardar que seja informada oficialmente da decisão do STF.
Alvo da Operação Navalha, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) defendeu a atuação da Polícia Federal em Alagoas no combate à corrupção, tráfico de drogas e crime organizado.
Já o ex-superintendente da PF em Alagoas, José Pinto de Luna (PT), que renunciou ao cargo após assumir suas pretensões políticas, se mostrou bastante emocionado e fez vários alertas ao colega. Segundo Luna, o trabalho em Alagoas é sempre muito árduo, uma vez que aqui “as pessoas matam e desmatam quem vai contra as pretensões individuais”, uma atitude que, segundo o delegado federal, não condiz com as pessoas pacatas do Estado. “O povo é bom, mas o sistema é bruto”, finalizou.