A pequena Rane Kelly da Silva, de apenas quatro anos, que foi submetida a uma cirurgia de transplante de fígado, no último final de semana, no hospital Osvaldo Cruz, em Recife, já respira sem a ajuda de aparelhos e se alimenta normalmente.
Ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral do Estado (HGE) desde o último dia 3, vítima de atresia das vias biliares (insuficiência hepática). “Rane Kelly só poderia ser salva por meio de um transplante, que só foi possível graças à ação generosa de familiares de uma criança pernambucana, que morreu em Recife”, afirmou Cláudio Lacerda, cirurgião geral e chefe da equipe de transplante do Hospital Osvaldo Cruz.
“Para resguardar a vida da pequena alagoana, que é natural de Maceió, os médicos da UTI Pediátrica do HGE não mediram esforços para manter suas funções vitais funcionando e profissionais do Hemoal garantiram sangue A Positivo, para suprir a grande quantidade que ela perdeu, em razão de uma hemorragia contínua”, ressaltou a coordenadora de Ações Estratégicas da Sesau, Marta Celeste.TFD – O encaminhamento da paciente até Recife aconteceu por meio do Tratamento Fora Domicílio (TFD), que assegurou todo o suporte necessário para que os médicos do Samu pudessem realizar o translado da pequena paciente até a capital pernambucana.
“Assim como ocorreu com Kleilton Silva dos Santos, de 11 anos, que também recebeu um novo fígado vem se recuperando bem, a pequena Rane Kelly foi levada para o Recife graças ao TFD, recebendo também um tratamento humanizado, que demonstra o compromisso da Secretaria de Estado da Saúde com os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou Marta Celeste.
Segundo ela, as crianças transplantadas irão fazer uso do remédio tracolimus, medicamento fabricado pelo Laboratório e Indústria Farmacêutica de Alagoas (Lifal), cujo princípio ativo é eficaz para evitar rejeição do órgão. Comprovadamente, ele é usado com êxito nos transplantes decorrentes, havendo uma melhora na qualidade de vida dos pacientes transplantados.