A edição desta quarta-feira, dia 23, do Diário Oficial do Estado, traz o ato do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) tornando sem eficácia o decreto de 9 de outubro de 2008, que promoveu por critério de antiguidade o 1º tenente Israel Souza de Moraes, o Dael, para a patente de capitão.
Vilela atendeu parecer da Procuradoria Geral do Estado, que considerou a promoção irregular, uma vez que o militar havia sido condenado em 2004 a 11 anos de prisão pelo crime de extorsão. Segundo o inquérito, o então 1º tenente teria estorquido um homem acusado de receptar mercadoria roubada. A pena foi reduzida para cinco anos e meio, e o condenado teria recorrido da sentença.
O governador encaminhou a determinação ao Comando Geral de Polícia Militar. O histórico controvertido do militar veio à tona em abril deste ano, quando o então capitão PM foi nomeado para a Assessoria Militar da Assembleia Legislativa, por ato da Mesa Diretora. Mesmo após a repercussão negativa, jamais foi esclarecido quem pediu a nomeação do oficial.
Além da condenação, pesa, ainda, contra Israel Souza de Moraes, a acusação por porte ilegal de arma, tortura, ameaça, violação de domicílio, apropriação indébita, denunciação caluniosa e abuso de poder na Comarca de Olho D’Água das Flores. O militar ainda teve um processo contra ele, por crime de roubo e extorsão, suspenso na Comarca de Santana do Ipanema. O militar chegou a ter a prisão decretada, que foi revogada meses depois, sem que o mandado tenha sido cumprido.