Um grupo de 15 pessoas formado por pequenos criadores, técnicos, funcionários de fazendas e uma veterinária participaram durante esta semana de um curso de inseminação artificial em bovinos. A capacitação foi realizada no Parque de Exposições Mair Amaral, no município de Batalha, como parte das atividades da 32ª Exposição Agropecuária da Bacia Leiteira (Expobatalha).
Entre os alunos do curso estava Elias Torquato da Silva. Ele trabalha numa fazenda no município de Teotônio Vilela, mas possui uma pequena propriedade em Pão de Açúcar, onde cria algumas vacas. “Estou gostando do curso, e agora vou fazer inseminação nos meus animais também. Mas eu já fazia algumas aplicações de injeção na veia do animal”, conta o produtor, que assistiu às 40 horas do curso, dividido entre a parte teórica e prática.
A capacitação de criadores, agricultores familiares e técnicos extensionistas em inseminação artificial é uma das áreas de atuação do Programa Alagoas Mais Leite e visa melhorar ainda mais a qualidade genética do rebanho leiteiro alagoano.
Mas o programa abrange também outras ações, entre elas a doação de sêmen animal, a nutrição e a alimentação, com o estímulo ao cultivo da palma superadensada e do sorgo forrageiro, e a qualidade do leite, por meio de capacitação e uso de tanques de resfriamento e kits de higiene na ordenha.
“O Alagoas Mais Leite também desenvolve ações na parte gerencial, que trata da administração da pequena propriedade, com assistência técnica especializada e acompanhamento a respeito dos custos, receita e despesa, por meio das ações do Projeto Balde Cheio”, relata o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), Edson Maruta.
De acordo com o veterinário Rogério Madeiro, instrutor da capacitação em inseminação artificial, como o preço do leite está baixo, o produtor rural precisa baratear os custos de produção e aumentar a produtividade de leite por animal para ter uma renda melhor. “Uma das formas de baratear os custos é investir em genética, para dessa forma se ter uma maior produtividade de leite com os descendentes desses animais”, analisa o veterinário.