Na vitória contra o Atlético-PR, Muricy Ramalho completou uma dúzia de jogos à frente do Palmeiras, que lidera o Campeonato Brasileiro nas mesmas 12 rodadas. Muito do sucesso da equipe, que venceu metade desses jogos, deve-se à estabilidade que o novo treinador trouxe em relação ao antecessor, Vanderlei Luxemburgo.
Uma das características do Palmeiras com Muricy é a regularidade em número de finalizações. Nas 12 partidas, o time sempre finalizou corretamente de quatro a cinco vezes. Com Luxemburgo, o mesmo fundamento oscilou entre dois e nove.
A diferença mais sensível, contudo, é na parte defensiva. O time com Muricy leva 0,91 gol por jogo, enquanto com Luxemburgo sofria 1,28 gol em média por partida. O crescimento do setor liderado pelo goleiro Marcos fez com que o Palmeiras se tornasse a melhor defesa do Brasileiro ao lado do São Paulo.
Muricy Ramalho comentou sobre as duas últimas partidas, contra Atlético-PR e Cruzeiro, em que o Palmeiras foi atacado mais vezes que o normal.
"Sabíamos que íriamos sofrer um pouco. É impossível você jogar numa quarta-feira contra um time como o do Cruzeiro, que tem muita posse de bola, em um campo pesado e com um homem a menos, e depois render igual no outro jogo. Sabíamos que seria um jogo duro, pois o Atlético-PR se preparou a semana toda", afirmou.
Em sete jogos no Campeonato Brasileiro, o Palmeiras de Luxemburgo sofreu dois gols em três deles. Já com Muricy, em 12 partidas, apenas em uma ocasião a equipe permitiu mais de um gol ao adversário. Foi na derrota por 3 a 2 contra o Vitória.
A solidez defensiva do Palmeiras é justificada em alguns fundamentos. O líder do Brasileiro é o que mais faz desarmes, mais rebate bolas para longe da área e o que menos permite cruzamentos na área – além disso, só não faz mais faltas que o Atlético-PR.
Outra questão importante para a segurança é impedir ao máximo que Marcos, seguro embaixo da trave, tenha a bola em seus pés. Levando em conta goleiros com pelo menos seis jogos na Série A, o palmeirense é apenas o 12º em posse de bola.