Em reunião realizada nesta terça-feira, 29, o Sinteal cobrou mais uma vez que o Governo do Estado de Alagoas apresente respostas concretas relativas ao desconto dos dias parados em virtude da greve. Além disso, denunciou a falta de professores e funcionários em várias escolas. “Não podemos começar o ano letivo de 2010 com essas deficiências”, afirmou Girlene Lázaro, representante do Sinteal na reunião.
O Governo tem insistido em divulgar para a sociedade que está sendo montado um calendário de reposição que se estende até março de 2010, mas isso não é real. Se o Governo mantém os descontos dos dias parados no salário dos trabalhadores e trabalhadoras da educação, ele inviabiliza a conclusão do ano letivo 2009, causando assim um prejuízo ainda maior aos alunos da rede pública estadual. Pois essa é a única categoria que repõe os dias parados em ocasião de greve. “Estamos tentando negociar com o governo a reposição dos salários, condição mínima para que nós possamos sentar para montar o novo calendário”, afirmou Girlene.
Mais uma vez os estudantes poderão ser prejudicados pela postura intransigente do Governo Estadual, que teima em punir trabalhadores devidos a problemas estruturais criados pelo próprio governo.
Ainda nesta terça-feira, o Conselho Estadual de Educação (CEE) se reuniu e decidiu posicionar-se oficialmente em relação ao assunto. A entidade enviará documento oficial chamando à responsabilidade o governo estadual. O Conselho entende que é preciso haver um verdadeiro compromisso com a educação, respeitando a conclusão do ano letivo de 2009 e criando condições mais dignas para 2010.
Caso o governo não apresente respostas, o Conselho Estadual de Educação promete tomar as medidas necessárias para a solução dos problemas.