Principal nome que defendeu a candidatura do Rio de Janeiro à sede dos Jogos Olímpicos de 2016, em Copenhague, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez questão de ressaltar o sucesso econômico do Brasil nos últimos anos. Lula acredita que é o momento de o Comitê Olímpico Internacional (COI) dar uma chance ao País de receber o maior evento esportivo do planeta.
"Não só somos um povo misturado, mas um povo que gosta muito de ser misturado. Digo com toda a franqueza: chegou a nossa hora. Estamos entre as dez maiores economias do mundo e somos os únicos que ainda não sediamos os Jogos Olímpicos. Para os outros será apenas mais uma edição dos Jogos, para nós não", disse Lula.
Para exemplificar esse crescimento nacional, Lula citou alguns números. "Nos últimos anos, 30 milhões de brasileiros deixaram a pobreza e 21 milhões alcançaram a classe média", afirmou. "A parceria que a candidatura do Rio propõe mostra o como o País conquistou seu lugar. As portas do Brasil estão abertas", completou.
Assim como o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, Lula ressaltou a importância de, pela primeira vez, a América do Sul receber uma Olimpíada.
"Essa Olimpíada não será só nossa, será de todo o continente sul-americano", afirmou o presidente. "O COI saberá fazer isso. O COI instituiu novos esportes, agora o desafio é outro: expandir os Jogos para novos continentes. Acender a pira no Rio de Janeiro. Para a América do Sul será mágico", completou.
Outro ponto destacado pelo presidente é o legado que a Olimpíada deixaria para o Rio e para o País. Lula acreadita que esse legado será mais proveitoso para o Brasil do que para os outros países que competem: Espanha (Madri), Japão (Tóquio) e Estados Unidos (Chicago).
"As Olimpíadas pertencem a todos os povos, a todos os continentes. Aprendemos de todas as maneiras e esse é um motivo pelo qual meu governo está tão comprometido com a candidatura do Rio. Demos todas as garantias possíveis à realização dos Jogos, conscientes do legado que os Jogos deixarão ao Rio de Janeiro", afirmou Lula.
A cidade vencedora será conhecida entre 13h30 e 14h (de Brasília). O Terra acompanha ao vivo em vídeo todo o dia de eleição.
Depois de Chicago, Tóquio foi a segunda cidade a falar aos membros do Comitê Olímpico Internacional (COI), seguida pelo Rio de Janeiro. Madri fechará a rodada de apresentações.
Apesar de o COI ter 106 membros associados, apenas 97 têm direito a voto na primeira rodada – não participam os representantes dos países em disputa, um membro ausente e o presidente da entidade, o belga Jacques Rogge.
Para ser eleita, uma cidade precisa ter mais 50% dos votos. Por isso, a tendência é que a eleição seja decidida no terceiro turno. Depois de
