Os petroleiros de Alagoas iniciaram nesta última quinta-feira (15) uma mobilização contra a proposta da Petrobrás de reajuste salarial de 4,36% e aumento real zero. A manifestação dos trabalhadores atrasou em cerca de duas horas o início das atividades nas unidades de Pilar, São Miguel dos Campos e no Cais do Porto. A categoria reivindica ganho real de 10%, fim das discriminações entre ativos e aposentados, licença maternidade de 180 dias e cancelamento das punições em razão da greve ocorrida no ano passado.

De acordo com a direção do sindicato, a mobilização continua por tempo indeterminado. O segundo dia de greve ocorrido nesta sexta-feira (16), também foi marcado por atrasos na produção de duas horas. “Uma empresa que teve um lucro líquido de R$ 33,915 bilhões em 2008 e é considerada uma das companhias mais importantes do mundo, principalmente depois da descoberta do pré-sal, não pode oferecer migalhas aos trabalhadores. Os petroleiros que fizeram da Petrobrás a potência que é hoje merecem aumento real e melhores condições de trabalho”, protestou o dirigente sindical Eduardo Amaro.

A paralisação em nível nacional é realizada pelos sindicatos integrantes da Frente Nacional dos Petroleiros (FNP). Além de Alagoas e Sergipe, participaram dos protestos os sindicatos do Litoral Paulista, Rio de Janeiro, Pará, Amazonas, Maranhão, Amapá, São José dos Campos e Rio Grande do Sul. Segundo o Sindipetro AL/SE, a adesão à greve na Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão/SP atingiu 100% do pessoal da produção e 70% do setor administrativo.

Até agora a Petrobrás não apresentou nova proposta de reajuste. A FNP, organização que reúne 40% dos empregados da empresa, informou que pretende intensificar as manifestações, com o objetivo de forçar a estatal a avançar nas negociações. Caso contrário, afirmam os dirigentes do Sindipetro AL/SE, a adesão crescente ao movimento pode comprometer as metas de produção da companhia, que produz cerca de dois milhões de barris ao dia de petróleo.

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