Depois de ter dito que acreditada na fidelidade do grupo composto pelo PP, PMDB, PDT, PTB, PT, Democratas e PCdoB, o prefeito Cícero Almeida se mostrou mais reticente na manhã desta quarta-feira, 21, durante solenidade no auditório da Prefeitura de Maceió. As declarações se dão após o senador Renan Calheiros (PMDB) – peça chave no jogo político para as eleições de 2010, ter descartado um rompimento definitivo com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), que deve ser candidato à reeleição.
Em entrevista à imprensa, Almeida disse que a reunião – ocorrida em setembro desse ano, entre ele, o empresário João Lyra, o senador Fernando Collor, Renan Calheiros (PMDB), além do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) e do deputado Benedito de Lira foi “uma reunião de partidos políticos que foram discutir política”.
Almeida voltou a rechaçar as declarações da ex-prefeita Kátia Born (PSB), que teria afirmado que o chapão visava destruir o governador Teotonio Vilela Filho. “Na reunião ninguém abriu a boca para falar mal do Téo Vilela. Foi uma confraternização, inclusive fui contra a publicação da foto”, afirmou Almeida à imprensa na manhã de hoje, 21.
O prefeito voltou a dizer que não há definição sobre sua candidatura em 2010 e que não existe pressão do grupo e sim do povo que o elegeu com votação expressiva para a Prefeitura de Maceió. “Não existe arrogância por parte de ninguém, na reunião apenas duas candidaturas foram decididas. O Collor disse que quer eleger Renan e eu quero eleger Benedito de Lira”, afirmou Cícero Almeida.
As novas declarações destoaram das primeiras concedias por Almeida logo após a reunião que supostamente definiu os integrantes do ‘chapão’. À época, o prefeito disse em entrevista à reportagem do Alagoas24horas que o encontro havia sido produtivo e que deste grupo deveria sair o nome do próximo candidato ao Governo do Estado de Alagoas. “Seria um nome que representaria um projeto para Alagoas, em 2010, que vamos apresentar para a sociedade alagoana. Ainda não está definido quem seria candidato”, destacou Cícero Almeida à época.
Hoje, no entanto, o prefeito de Maceió adotou um discurso mais ameno quanto à sucessão do chefe do executivo estadual. A criação deste chapão já havia sido questionado pelo próprio Téo Vilela, que afirmou estar mantendo conversações com Renan Calheiros. Vilela foi enfático ao afirmar que o PMDB não havia deixado o governo tucano.
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