Anderson Guimarães de Jesus, preso neste sábado apontado como o principal suspeito pela morte do irmão, Caio Marcelo Guimarães de Jesus, acrobata da Intrépida Trupe, confessou à polícia que matou o irmão, informou a Polícia Civil. O crime ocorreu na última segunda-feira (19), quando Caio foi atingido por um golpe de marreta em seu apartamento, em Santa Teresa, no centro do Rio.
Segundo a 7ª DP (Santa Teresa), que investiga o caso, ele disse que teria havido uma discussão entre eles, se descontrolou e o matou. Porém, Anderson afirmou estar arrependido. Ele se apresentou na 5ª DP, e em seguida, foi levado para a 7ª DP, onde prestava depoimento na noite deste sábado.
De acordo com a polícia, o suspeito roubou um computador, dois notebooks, uma máquina fotográfica, entre outras coisas do irmão. Parte do material foi apreendido pela polícia. Anderson será acusado de latrocínio (roubo seguido de morte).
Na última quinta-feira (22), a polícia informou que investigava o possível envolvimento de uma segunda pessoa no assassinato. As investigações apontavam que, após o crime, uma ou mais pessoas permaneceram no apartamento da vítima e houve consumo de bebida alcoólica –vinho e cerveja.
Depoimentos prestados à polícia apontam que Anderson sofre problemas mentais e tem envolvimento com drogas. Sem moradia fixa, ele vivia com o irmão havia alguns dias. "Nós apuramos relatos de episódios de comportamento que apontam desequilíbrio mental. Houve um episódio, inclusive, com a própria vítima: Anderson dizia que Caio estava possuído por um demônio e tentou atacar o irmão com uma faca", disse o delegado Fernando Veloso, da 7ª DP.
Segundo Veloso, em contato com a família após o crime, Anderson disse que Caio teria que viajar para a Bahia, em uma tentativa de esconder o assassinato.
Outro lado
Veloso afirma que conseguiu contato com apenas um familiar da vítima –o irmão mais velho– e que ele ficou surpreso com o possível envolvimento de Anderson no crime, apesar de ter relatado o temperamento agressivo do irmão e uso excessivo de álcool. A polícia informou que o suspeito ainda não tem advogado.