Alagoas colhe maior safra de sua história

Agência AlagoasGovernador conferiu a produção

Governador conferiu a produção

Agricultores familiares de Alagoas comemoram a maior safra até hoje produzida no Estado. Eles estão entusiasmados com o preço obtido com a venda da farinha de mandioca e do feijão para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O governador Teotonio Vilela e o superintendente regional da Conab, Elizeu Rêgo, foram conferir o resultado da produção em Santana do Ipanema, nesta sexta-feira (23).

Por solicitação e intermédio do governo do Estado, o órgão federal está adquirindo toda a produção local e estocando em armazéns de seis polos instalados no Sertão, Agreste e Zona da Mata. O excelente resultado decorre das ações implantadas este ano pela Secretaria de Estado da Agricultura.

De acordo com o superintendente regional da Conab, Elizeo Rêgo, o órgão está comprometido em adquirir toda a produção de feijão e farinha. São aproximadamente 8 milhões de quilos dos produtos. Até sexta-feira (23), a companhia já havia adquirido uma média de 42 mil sacas de 60kg de feijão, e 32 mil sacas de 50kg de farinha. A intenção, segundo ele, é chegar a 65 mil sacas de cada cultura até o final da safra. As compras devem se estender até dezembro.

“Estamos pagando R$ 44,00 pela saca de farinha e R$ 87,60 pelo feijão, valores já livres de impostos e encargos sociais. A produção deste ano está muito boa. O governo distribuiu sementes na época certa e continua presente, evitando que intermediários entrem no negócio e assim façam baixar os preços. Se o governo não apoia, eles não produzem”, destaca Elizeo Rêgo.

“Sem o envolvimento do governo e a participação da Conab, os preços das sacas de farinha e de feijão estariam variando entre R$ 25,00 e R$ 55,00 no máximo”, compara o superintendente.

“Fizemos questão de entregar as sementes no tempo certo. O resultado é que nós temos a melhor safra na história de Alagoas. Conseguimos junto ao governo federal a compra da farinha e do feijão, evitando intermediários. Destaco a competência da Conab neste processo todo. Fixar e manter o homem no campo é nosso principal objetivo”, afirma o governador Teotonio Vilela.

Diante desta nova realidade, os pequenos e médios agricultores têm se antecipado na venda dos produtos para a companhia e procurado os armazéns do órgão federal nas cidades de Santana do Ipanema, Palmeira dos Índios, Arapiraca, Delmiro Gouveia, Mata Grande e em Maragogi, o mais novo polo da Conab no Estado, aberto para atender a produção dos assentados no município.

“Os agricultores não precisam ter pressa, pois atenderemos a todos até quando houver feijão e farinha para comprar”, informa o superintendente.

Para conferir de perto o resultado das ações adotadas na agricultura pelo Estado, o governador Teotonio Vilela Filho esteve pessoalmente, na manhã de sexta-feira, no armazém da Conab em Santana do Ipanema. No local havia um fila com mais de 100 caminhões à espera pelo atendimento.

Alguns agricultores aguardavam desde a quarta-feira (21), mas demonstravam felicidade pelo resultado e principalmente pelo preço obtido com a venda. Por lá um enorme armazém está praticamente lotado e os trabalhadores já iniciavam o abastecimento de um segundo salão.

Para garantir ainda mais rendimento, a Conab ampliou a cota de compra de R$ 3.500,00 para R$ 8.000,00 por agricultor. Com isso, na manhã de sexta-feira (23) teve até carro de boi transportando a safra de produtores para o armazém da Conab em Santana do Ipanema.

Geração de renda — Atento a todo o movimento, o jovem Wyllem Roberto aguardava na fila para pesar seu caminhão carregado de feijão, trazido do município de Olho D’Água Grande. O pai dele também é produtor. “Estamos todos animados com o negócio”, revela.

A produtora Damaris Martins também sente no bolso o resultado da lavoura de feijão, que ela plantou com o marido e os filhos na zona rural de Poço das Trincheiras. “Este ano está bem melhor e se Deus quiser, ano que vem a gente planta mais”, conta.

Paralelo ao rendimento dos agricultores familiares, a compra da produção de farinha e feijão também tem gerado ocupação e renda para centenas de trabalhadores informais em Alagoas. Somente no armazém da Conab, em Santana do Ipanema, mais de 30 homens descarregavam os caminhões e armazenavam as sacas. Vários deles vindos de cidades vizinhas.

“Para nós, a safra significa rendimento. Há um mês que estou aqui em Santana do Ipanema. Isso é muito bom”, enfatizava o cabeceiro Paulo Júnior dos Santos, que deixou a cidade de Olho D’Água Grande para trabalhar no posto da Conab da localidade.

Fonte: Agência Alagoas

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