Tuberculose terá novo tratamento

O sistema de tratamento da tuberculose vai passar por modificações, em todo o País, com o uso de um novo medicamento e um novo esquema terapêutico. Em Alagoas, todos os médicos e enfermeiros que trabalham nas unidades de referências para o tratamento da doença e que exercem suas funções na atenção básica vão receber orientações sobre a medicação.

Para implantar essas mudanças, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realiza nos dias 11 e 12 (quarta e quinta-feiras), das 9h às17h, no auditório do Hotel Enseada, na Praia de Pajuçara, uma oficina em que serão apresentadas as estratégias de implementação das mudanças no tratamento, envolvendo a rede assistencial e laboratorial para tuberculose, sistema de informação, gerenciamento de medicamentos e multiplicação de informações.

A ser ministrada por técnicos do Ministério da Saúde (MS), a oficina será destinada a médicos e enfermeiros de 18 municípios alagoanos que exercem suas funções na atenção básica e os que trabalham nas quatro unidades de referências para o tratamento da doença – Hospital Escola Hélvio Auto, Hospital Universitário, II Centro de Saúde, em Maceió e Unidade de Referência do Agreste, em Arapiraca. Os participantes passarão a funcionar como multiplicadores dessas orientações

Os profissionais dos demais 84 municípios vão ser capacitados em oficinas a serem realizadas entre os dias 16 e 18 de dezembro, nas sedes das 13 microrregiões de saúde do Estado. “O novo medicamento só será liberado pelo MS após a capacitação dos profissionais de todos os municípios”, informou a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose (PECT/Sesau), Tânia Queiroz, acrescentando que durante as oficinas, os participantes irão receber um CD contendo as informações sobre todo processo de implementação do sistema de tratamento, bem como a apresentação do novo esquema terapêutico.

O novo tratamento é destinado somente para casos novos de pacientes com idade a partir de 10 anos e adultos. Como a terapia ainda em uso, o novo tratamento também tem duração de seis meses, a novidade é que passa a se constituir em apenas uma dose fixa combinada, conhecida como 4 em 1, ou seja, um único comprimido irá disponibilizar as quatro drogas necessárias para o tratamento do paciente. Hoje, a depender do estágio da doença, o portador de tuberculose chega a utilizar até nove comprimidos diários.

“As vantagens da mudança da apresentação dos fármacos são, entre outras, o maior conforto do paciente pela redução do número de comprimentos a serem ingeridos; a impossibilidade de tomada isolada de fármacos e a simplificação da gestão farmacêutica em todos os níveis”, disse Tânia Queiroz.

Cura

Dados da vigilância epidemiológica da Sesau mostram que em 2008 o percentual de cura em Alagoas foi de 71,25%, equivalente a 1.104 casos, dos 1.407 notificados. Dentre estes, 1.157 eram casos novos. O percentual preconizado pelo MS é de 85%. O coeficiente de mortalidade por tuberculose registrado no Estado é de 2,75% por 100 mil habitantes.

A taxa de abandono do tratamento registrada em Alagoas foi de 7,2%, quando o aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de menos que 5%. Segundo expôs Tânia Queiroz, a expectativa é que o novo tratamento contribua para o aumento da taxa de adesão dos pacientes com a doença ao tratamento e, consequentemente, melhore os índices de cura.

Sintomas

A tuberculose é uma doença causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis) que afeta vários órgãos do corpo, mas principalmente os pulmões. É transmitido pelo ar, quando o paciente tosse, fala ou espirra. Os principais sintomas são: tosse prolongada, cansaço, emagrecimento, febre e sudorese noturna.

Fonte: Assessoria/Sesau

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