O dia “D” da segunda etapa da Campanha de Vacinação Antirrábica Animal, nas áreas urbanas de todo o Estado, destinada a cães e gatos foi realizado neste sábado, 28. A abertura da campanha aconteceu às 8h, no posto São Jorge, localizado no Sítio São Jorge. Durante esta semana, a imunização foi realizada nas áreas rurais (sítios e fazendas).
O secretário Municipal de Saúde, Francisco Lins esteve presente a abertura e destacou a responsabilidade dos donos de animais em proteger os cães e gatos e suas famílias. "Sabemos que a raiva é uma doença letal. Por isso é importante que os proprietários de animais de conscientizem da importância de vacinar, para garantir que a doença não seja transmitida ao homem", ressaltou.
A raiva matou em Alagoas, no período de 1980 a 2008, 100 pessoas. De 1980 a 1990, a cobertura vacinal média era de 57%; de 1997 a 2001, a imunização aumentou, atingindo 87% e no ano passado alcançou 99% de cobertura.
Em 2009 o Ministério da Saúde estabeleu a meta de 80% e o município de Maceió atingiu a marca de 92% de cobertura vacinal na primeira etapa da campanha, realizada em maio.
O coordenador do Centro de Controle de Zoonozes, Carlos Eduardo Silva, destacou que a cobertura foi a maior até hoje e acredita que deverão atingir a mesma meta nesta segunda etapa da campanha.
Nesta segunda etapa existem 187 postos de vacinação entre unidades de saúde e postos itinerantes; 685 vacinadores (40 a mais que na primeira etapa); 137.780 doses de vacina (em maio foram 134.650 doses).
A raiva é causada por um vírus (Rhabdovírus), que se multiplica e se propaga, por meio dos nervos periféricos, até o sistema nervoso central, de onde passa para as glândulas salivares, nas quais também se multiplica. A forma mais comum de transmissão é através de contato com saliva de animal raivoso, seja por mordeduras ou lambeduras de mucosa e, até mesmo, por arranhaduras. Em áreas urbanas, o cão é o principal responsável pelas transmissões (quase 85% dos casos), seguido do gato.
O período de incubação da doença, no homem, varia de duas a dez semanas (em média, 45 dias). Uma vez infectado, não há tratamento específico e a letalidade é de 100%. O tratamento aplicado visa minimizar o sofrimento do paciente. Por seu caráter incurável, é imprescindível a realização da vacinação em gatos e cães.