Pedido de quebra de decoro contra Heloísa Helena é arquivado

Alagoas24horasMembros da Comissão de Ética arquivaram processo que pedia cassação do mandato de Heloísa Helena (PSOL)

Membros da Comissão de Ética arquivaram processo que pedia cassação do mandato de Heloísa Helena (PSOL)

O pedido de cassação do mandato da vereadora Heloísa Helena (PSOL), por quebra de decoro parlamentar, foi arquivado após todos os membros da Comissão de Ética – composta por cinco vereadores– acatarem o parecer do vereador Galba Novaes (PRB), relator do processo.

O relatório de Novaes, lido em plenário na sessão desta quinta-feira, 24, com cerca de dez páginas, propôs o arquivamento da ação pela “inviolabilidade total do vereador quando das declarações em plenário no exercício do mandato”. Segundo o relator, o parecer está baseado em várias jurisprudências, nas constituições Estadual e Federal e no regimento interno da Casa de Mário Guimarães.

Durante a apresentação do relatório, Galba Novaes ainda destacou que as agressões entre as vereadoras Tereza Nelma (PSB) – que pediu a quebra de decoro parlamentar após ser chamada de porca trapaceira e ladra de próteses de criancinha – e Heloísa Helena teriam sido mútuas e se originaram com a acusação de Nelma de que Heloísa Helena estaria pirateando projetos de outros vereadores.

Além disto, o relator destacou que o pedido de cassação de mandato só poderia ser feito pela Comissão de Ética, pela Mesa Diretora ou por meio da representação de um partido político, não cabendo esta prerrogativa a um vereador, como foi o caso da ação movida por Tereza Nelma.

O vereador Silvio Camelo (PV) – que também integra a Comissão de Ética – ao votar pela aprovação do relatório de Galba Novaes, destacou que o processo contra Heloísa Helena sequer deveria existir por conta da inconstitucionalidade do mesmo, já que é previsto como e quando o vereador pode perder o mandato por quebra de decoro e o citado não era um dos casos. Novaes finalizou lembrando ainda que o processo é de simples resolução e que mexia com a representação popular.

Ironicamente, nenhuma das envolvidas no processo estava presente à sessão desta quinta-feira, dia 24, na Câmara de Vereadores de Maceió. Segundo o presidente da Casa, Dudu Holanda (PMN), ambas haviam informado que estariam fora cidade.

O vereador Ricardo Barbosa e Mário Agra, ambos do PSOL, acompanharam a leitura do relatório no plenário da Câmara.

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